CPI do Futebol debateu cenário do esporte no Brasil com jornalistas esportivos e dirigentes — Rádio Senado
Balanço 2015

CPI do Futebol debateu cenário do esporte no Brasil com jornalistas esportivos e dirigentes

21/12/2015, 16h57 - ATUALIZADO EM 21/12/2015, 17h03
Duração de áudio: 02:36
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM 2015, A CPI DO FUTEBOL DEBATEU O CENÁRIO DO FUTEBOL BRASILEIRO COM JORNALISTAS ESPORTIVOS E DIRIGENTES DE FEDERAÇÕES E CLUBES. LOC: O COLEGIADO INVESTIGOU TAMBÉM POSSÍVEIS IRREGULARIDADES NOS CONTRATOS DE PATROCÍNIOS DA CBF NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS. REPÓRTER CINTHIA BISPO. TÉC: (Repórter) A CPI do Futebol promoveu dezoito reuniões, com destaque nos primeiros meses para o debate com jornalistas esportivos, presidentes de federações e clubes para avaliar o cenário do esporte brasileiro. Dentre os jornalistas que participaram estão Andrew Jennings, da BBC de Londres, autor de livros que serviram de base para as investigações do FBI em relação à corrupção na FIFA. Para o jornalista escocês o esquema de corrupção presente no futebol mundial nasceu na década de 70 com a chegada à presidência da FIFA do brasileiro João Havelange e continuou com Joseph Blatter, seu sucessor. O jornalista Jamil Chade, do jornal O Estado de São Paulo, trouxe para os senadores cópias de contratos entre a CBF e a empresa que detém direitos sobre jogos amistosos da seleção brasileira, a ISL. (Chade) No período inicial, entre 2006 e 2012, a CBF recebia um cachê de US$1,1 milhão por jogo. Esse é o cachê que a ISL paga à CBF em troca de direitos exclusivos para explorar a Seleção Brasileira. (Repórter) Os presidentes das Federações do Rio de Janeiro e de Minas Gerais defenderam os campeonatos estaduais, mas reconheceram a deficiência do futebol brasileiro nos dias atuais. Já em relação à limitação de tempo de mandato dos dirigentes esportivos, medida citada como meio para moralizar o futebol, os dirigentes se mostraram contrários à ideia. O vice-presidente da CPI, senador Paulo Bauer, do PSDB de Santa Catarina, acredita que para mudar a gestão da CBF é preciso mudar também as federações. (Bauer). É difícil, no meu ponto de vista, querer mudar a CBF sem mudar o critério também nas federações. Se estabelecermos mandatos para a CBF, obviamente, teremos que estabelecer, não nós Senadores, mas o próprio sistema do futebol, mandatos parecidos ou semelhantes para as federações. (Repórter) Ainda durante os primeiros meses de funcionamento, o colegiado decidiu investigar o recebimento de recursos ilegais por parte das federações e todos os contratos firmados pela Confederação Brasileira de Futebol nos últimos dez anos. Os contratos tratam de patrocínios da entidade, publicidade, direitos de transmissão de jogos da Seleção Brasileira e dos campeonatos organizados pela CBF. Porém, o Supremo Tribunal Federal assegurou à instituição o direito de manter sigilo dos contratos. Da Rádio Senado, Cinthia Bispo.

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