Donald Trump pode descumprir Acordo de Paris
Transcrição
LOC: NÃO HÁ CERTEZA DE QUE O FUTURO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, DONALD TRUMP, IRÁ CUMPRIR O ACORDO DE PARIS, QUE LIMITA AS EMISSÕES DE GASES POLUENTES.
LOC: O ACORDO JÁ ESTÁ VALENDO, FOI CONFIRMADO POR MAIS DA METADE DOS PAÍSES DO MUNDO, MAS NÃO TEM FORÇA DE LEI. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TÉC: O Acordo de Paris começou a valer a partir de novembro. Ele prevê que os países tomem medidas para reduzir as emissões de poluentes que aceleram as mudanças climáticas. Isto poderia levar à diminuição no uso de petróleo e carvão na atividade econômica. O aumento ou redução da temperatura em diferentes partes do planeta poderá provocar inundações, efeitos destrutivos para a agricultura e dificultar as condições para a sobrevivência humana e animal. Mais da metade dos países que assinaram o acordo de Paris já ratificaram. Inclusive os Estados Unidos e a China, responsáveis por cerca de 40% das emissões mundiais de poluentes. Como o acordo não tem força de lei, a ratificação norte-americana não precisou passar pelo Congresso. Caso precisasse, a confirmação ficaria difícil, uma vez que os Republicanos têm maioria na Câmara e no Senado, como lembrou Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco.
(Fernando) O partido Republicano sempre teve uma posição de muita resistência a acreditar que o aquecimento global seja uma realidade derivada da atividade produtiva do homem.
(REP) Como Donald Trump já afirmou que não acredita no aquecimento global, o senador pernambucano tem dúvidas sobre a implementação e monitoramento internacional do acordo. Tendo em vista a solidez da democracia norte-americana, a força das instituições poderá amenizar as ações do futuro presidente dos Estados Unidos. Mas para Fernando Bezerra existe uma grande margem de dúvida.
(Fernando) A eleição de Donald Trump representa uma grande incógnita de como os Estados Unidos vão se posicionar na arena internacional em relação a esse tema.
(REP) Até dezembro, dos 194 países que assinaram, 123 haviam confirmado o acordo. Da Rádio Senado, Floriano Filho.