Dilma defende direitos reprodutivos das mulheres na cúpula da Conferência — Rádio Senado

Dilma defende direitos reprodutivos das mulheres na cúpula da Conferência

LOC: A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF DEFENDEU OS DIREITOS REPRODUTIVOS DAS MULHERES NA CÚPULA REALIZADA NA RIO + 20.
 
LOC: NO FÓRUM DE MULHERES LÍDERES DAS NAÇÕES UNIDAS, A TÔNICA FOI O  PROTESTO À RETIRADA DA EXPRESSÃO SOBRE O ASSUNTO DO TEXTO A SER ASSINADO NESTA SEXTA-FEIRA. REPÓRTER LEILA HERÉDIA:
 
(Repórter) O direito das mulheres à sexualidade, à reprodução e ao planejamento familiar foi defendido pela presidente Dilma Rousseff no Fórum de Mulheres Líderes das Nações Unidas, durante a Rio mais vinte. No evento, com a presença das presidentes da Costa Rica e da Lituânia, entre outras autoridades, Dilma elogiou o fato de a ex-presidente do Chile e diretora da ONU Mulheres, Michele Bachelet, ter conseguido incorporar a reivindicação como parte do processo de desenvolvimento sustentável. Ela ainda ressaltou que a ordem, agora, é acabar com todo e qualquer processo de exclusão da mulher.
 
(Presidente Dilma) Aqui, a palavra-chave para todos é acesso, mas sobretudo das mulheres. No Brasil, estamos investindo para superar dificuldades e precariedades neste acesso aos serviços públicos de saúde, com pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
 
(Repórter) Dilma não citou, especificamente, o fato de o parágrafo que tratava do assunto ter sido retirado do texto a ser assinado nesta sexta-feira, por conta de pressões de diversas lideranças religiosas. O tema foi alvo de críticas por parte de representantes de diversos países, que chegaram a exibir faixas de protesto. A ex-primeira ministra da Irlanda Mary Robinson lamentou que o direito à reprodução não tenha sido abordado de forma clara, como reivindicado. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, ressaltou que, mesmo sem a expressão, o saldo deve ser comemorado, na medida em que, segundo ela, as mulheres saem fortalecidas da Conferência das Nações Unidas.

(Vanessa Grazziotin) Esse é um documento assinado por mais de 190 países e nós temos que respeitar essa grande diversidade. Então não consta do papel, mas consta de forma muito fortalecida nas lutas de mulheres de vários países.
 
(Repórter) Esse também foi o tom da presidente Dilma Rousseff, ao observar que frente às relações multilaterais, é necessário respeitar as diferenças.
22/06/2012, 01h17 - ATUALIZADO EM 22/06/2012, 01h17
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