Demóstenes defende que PGR investigue patrimônio de Palocci

LOC: O LÍDER DO DEMOCRATAS DEFENDEU EM PLENÁRIO O PEDIDO APRESENTADO POR PARTIDOS DA OPOSIÇÃO PARA QUE A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA INVESTIGUE A EVOLUÇÃO PATRIMONIAL DO MINISTRO ANTÔNIO PALOCCI. LOC: A REPRESENTAÇÃO SE BASEOU EM REPORTAGEM PUBLICADA NA FOLHA DE SÃO PAULO, PELA QUAL O CHEFE DA CASA CIVIL TERIA MULTIPLICADO EM 20 VEZES O SEU PATRIMÔNIO NOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI. TÉC (0517 ¿ ¿ Celso ¿ DEMOSTENES TORRES / HUMBERTO COSTA) Segundo os representantes do PSDB, Democratas, PPS e PSOL, que assinam o pedido de investigação, a reportagem expõe indícios de enriquecimento ilícito e tráfico de influência que teriam sido praticados por Antônio Palocci entre 2006 e 2010, quando ele era deputado federal. Ao assumir o mandato na Câmara, Palocci teria declarado à Justiça um patrimônio de 375 mil reais. Porém nos anos seguintes, ele teria comprado um escritório de 880 mil reais e um apartamento superior a 6 milhões e meio de reais, ambos localizados em São Paulo e registrados em nome de uma empresa de consultoria de sua propriedade. Em discurso no plenário, o líder do Democratas, senador Demóstenes Torres, de Goiás, disse que o chefe da casa civil deve explicações à sociedade. (DEMOSTENES TORRES) o ministro poderia fazer consultoria, o que o ministro não pode é esconder os seus clientes, não pode esconder de onde apareceram esses recursos, para quem ele trabalhou, cadê os relatórios dessa consultoria, cadê os recolhimentos dos tributos feitos à receita federal, o ministro deve uma explicação, e o que nós queremos é que ante à ausência de explicações Palocci, que o ministério público busque essas explicações (Celso) Em resposta, o líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, afirmou não haver incompatibilidade entre a atuação de Antônio Palocci como consultor de empresas e seu então mandato de deputado federal. Segundo Costa, o ministro já prestou as devidas informações sobre o assunto. (HUMBERTO COSTA) Todas as informações relacionadas à evolução patrimonial do ministro Antônio Palocci fazem parte da sua declaração de renda. Todas as informações fiscais e contábeis da empresa também são regularmente enviadas à receita federal, todas as informações sobre a empresa e as medidas tomadas para prevenir os conflitos de interesses foram já anunciadas e registradas junto à comissão de ética pública da presidência da república no momento da posse. (Celso) Em nota, a assessoria de Antônio Palocci negou ilegalidades no patrimônio do ministro, e ressaltou que a empresa, antes dedicada a consultorias econômico-financeiras, agora tem como função exclusiva administrar os imóveis do chefe da casa civil na capital paulista.