Decreto de intervenção no RJ vai durar até o fim de 2018 — Rádio Senado
Intervenção no RJ

Decreto de intervenção no RJ vai durar até o fim de 2018

O decreto presidencial assinado nesta sexta-feira (16) pelo presidente Michel Temer determina que a intervenção federal no estado do Rio de Janeiro dure até o dia 31 de dezembro de 2018. O texto limita a intervenção à área de segurança pública. O interventor, general do Exército Walter Souza Braga Netto, ficará subordinado diretamente ao Presidente da República e exercerá o controle operacional de todos os órgãos de segurança do Rio de Janeiro, como as polícias civil e militar. O decreto tem efeito imediato, mas precisa passar pela aprovação do Congresso Nacional. O texto será votado pela Câmara e depois pelo Senado, separadamente.

16/02/2018, 15h03 - ATUALIZADO EM 16/02/2018, 15h13
Duração de áudio: 01:55
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Transcrição
LOC: O DECRETO PRESIDENCIAL ASSINADO NESTA SEXTA-FEIRA PELO PRESIDENTE MICHEL TEMER DETERMINA QUE A INTERVENÇÃO FEDERAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DURE ATÉ O DIA 31 DE DEZEMBRO. LOC: O TEXTO SERÁ VOTADO PELOS PLENÁRIOS DA CÂMARA E DO SENADO NA PRÓXIMA SEMANA, COMO MANDA A CONSTITUIÇÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) O decreto presidencial se baseia no artigo 34 da Constituição, que autoriza o governo federal a intervir nos estados nos casos de grave comprometimento da ordem pública. É exatamente o que acontece no Rio de Janeiro, na avaliação do presidente Michel Temer: (Temer) O crime organizado quase tomou conta do estado do Rio de Janeiro. É uma metástase que se espalha pelo país e ameaça a tranquilidade do nosso povo. (Repórter) Temer disse que o governo federal dará respostas duras e firmes para derrotar o crime organizado: (Temer) Não podemos aceitar passivamente a morte de inocentes. E é intolerável que nós estejamos enterrando pais e mães da família, trabalhadores, policiais, jovens e crianças, e vendo bairros inteiros situados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras. (Repórter) O decreto limita a intervenção à área de segurança pública. O interventor, general do Exército Walter Souza Braga Netto, ficará subordinado diretamente ao Presidente da República e exercerá o controle operacional de todos os órgãos de segurança do Rio de Janeiro, como as polícias civil e militar. O governador Luiz Fernando Pezão, do PMDB, concordou com a medida e agradeceu o apoio do presidente Michel Temer: (Luiz Fernando Pezão) Só a nossa área de segurança, a gente viu ao longo do tempo, não dá vazão ao crime organizado que existe no Rio, à briga de facções. Para momentos extremos, nós estamos vivenciando esse momento, nós precisamos muito dessa integração. (Repórter) O decreto tem efeito imediato, mas precisa passar pela aprovação do Congresso Nacional. O texto será votado pela Câmara e depois pelo Senado, separadamente.

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