Decisão do governo de revogar decreto sobre reserva mineral na Amazônia repercute entre senadores

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LOC: A DECISÃO DO GOVERNO DE REVOGAR O DECRETO QUE ACABAVA COM UMA RESERVA MINERAL NA AMAZÔNIA REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES. LOC: CIDINHO SANTOS DIZ QUE FALTAM INFORMAÇÕES SOBRE A EXPLORAÇÃO DE MINÉRIOS NA REGIÃO. JÁ RANDOLFE RODRIGUES GARANTIU QUE VAI LUTAR CONTRA QUALQUER INCIATIVA DE ABRIR A ÁREA PARA A EXPLORAÇÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Ao anunciar a revogação do decreto que acaba com a Reserva Nacional de Cobre e Associados, Renca, o governo avisou que um novo decreto vai permitir a exploração na área, mas, dessa vez, especificando ponto a ponto como poderá ser feita a mineração. Não poderá haver, por exemplo, atividades de garimpo em unidades de conservação ambiental e indígena. Para o senador Cidinho Santos, do PR de Mato Grosso, a repercussão negativa sobre o primeiro decreto aconteceu por falta de informações: (CIDINHO SANTOS): Quando se explicar de que lá, hoje, nesse reserva Renca, já existem muitos garimpeiros que garimpam clandestinamente. O que o governo está fazendo é autorizar de que a atividade garimpeira seja profissionalizada nessa região, respeitando o meio ambiente e seja feita por empresas especializadas, que possam, uma vez causado qualquer dano, ser responsabilizadas e também fazer a restauração da área degradada. (Repórter): Já o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, promete tentar barrar no Congresso Nacional qualquer decreto que autorize a exploração mineral na reserva: (RANDOLFE RODRIGUES): Não tem como nessa área qualquer tipo de atividade minerária preservar o meio ambiente. A mineração em si, nesta área, será devastadora, porque contaminará os rios e atingirá unidades de conservação e terras indígenas. Não tem eufemismo que o governo crie para o desastre ambiental que ele quer praticar. Nós vamos agora, assim que sair o novo decreto, nós vamos reapresentar o projeto de decreto legislativo sustando o decreto presidencial. (Repórter): A Reserva Nacional de Cobre e Associados ocupa uma área de 47 mil metros quadrados, do tamanho do Espírito Santo, entre os estados do Pará e Amapá.