Alcolumbre diz que não há restrições à indicação de Eduardo Bolsonaro — Rádio Senado
Embaixada nos EUA

Alcolumbre diz que não há restrições à indicação de Eduardo Bolsonaro

Em conversa por telefone com o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente Jair Bolsonaro sondou a disposição dos senadores de aprovarem a escolha do filho para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Alcolumbre explicou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) passará por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Depois, a indicação será apreciada pelo Plenário. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) alertou que a indicação corre o risco de ser rejeitada pela falta de preparo do indicado. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

16/07/2019, 20h46 - ATUALIZADO EM 17/07/2019, 10h41
Duração de áudio: 02:07
Presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) concede entrevista.\r\rFoto: Marcos Brandão/Senado Federal
Marcos Brandão

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO DIZ NÃO HÁ RESTRIÇÕES À EVENTUAL INDICAÇÃO DE FILHO DE BOLSONARO PARA EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS. LOC: SENADORES CONTRÁRIOS ALEGAM QUE A NOMEAÇÃO COMPROMETE A CREDIBILIDADE DO PAÍS NO EXTERIOR PELA FALTA DE PREPARO DO DEPUTADO FEDERAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar que vai indicar o filho, deputado Eduardo Bolsonaro, do PSL de São Paulo, para a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Em conversa por telefone com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, Bolsonaro sondou a disposição dos senadores de aprovarem a escolha do filho. Davi Alcolumbre respondeu que a decisão final será do Plenário caso a indicação seja confirmada. E explicou que o deputado passará por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores. Davi Alcolumbre antecipou que o Senado não vai se manifestar juridicamente se a indicação é nepotismo ou não. (Davi Alcolumbre): Eu manifestei para ele que essa é uma decisão pessoal do presidente e que o presidente tem que decidir se irá indicar. E como presidente do Senado vou receber a mensagem, encaminhar para a Comissão de Relações Exteriores e os senadores irão na Comissão fazer a sabatina e o plenário vai decidir. Então, ele se manifestou comigo no telefone dizendo que tinha o desejo de fazer essa indicação, que tinha confiança no Eduardo Bolsonaro e perguntou se o Senado teria alguma restrição. Eu disse para ele que não cabe ao Senado restringir uma indicação do presidente da República. (Repórter): O senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, ponderou que pode até ser legal a nomeação de Eduardo Bolsonaro para representar o Brasil em Washington, mas considera a escolha imoral. Ao comentar conversas com outros colegas, alertou que a indicação do filho do presidente da República corre o risco de ser rejeitada. (Eduardo Girão): Corre sim. Eu tive oportunidade de conversar com alguns senadores, que estão incomodados com esse procedimento. E nós temos o Instituto Rio Branco, que consegue desenvolver em alto grau, elogiados no Brasil e no mundo os profissionais que sem de lá, e podem representar muito bem o Brasil. Então, são muitos pré-requisitos que tem para uma formação para ser um embaixador. Eu acho que a imagem que passa não é uma imagem positiva o filho do presidente sendo embaixador, em qualquer país, de qualquer presidente. (Repórter): Se confirmada, a indicação do filho de Bolsonaro será submetida à Comissão de Relações Exteriores e ao Plenário. Da Rádio Senado, Hérica Christian

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