Davi Alcolumbre afirma que indicação de novo PGR não será acelerada
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), antecipou que a indicação de Antonio Aras para a Procuradoria-Geral da União não terá prioridade. Já o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) criticou a escolha fora da lista tríplice, que era respeitada desde 2003. Mas o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) declarou que Jair Bolsonaro tem a prerrogativa de nomear quem ele quiser. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.
Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO AFIRMA QUE INDICAÇÃO DE NOVO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA NÃO SERÁ ACELERADA.
LOC: SENADORES ALERTAM PARA EVENTUAL REJEIÇÃO DE UM NOME QUE NÃO FOI ESCOLHIDO DA LISTA TRÍPLICE INDICADA PELOS PROCURADORES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN
(Repórter) O presidente Jair Bolsonaro escolheu o subprocurador Antonio Augusto Brandão de Aras para o cargo de procurador-geral da República. Ele deverá substituir Raquel Dodge, cujo mandato termina no dia 17. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Democratas do Amapá, afirmou que a sabatina do novo chefe do Ministério Público Federal não será prioridade ao lembrar que a Comissão de Constituição e Justiça ainda estará por conta da Reforma da Previdência nos próximos dias.
(Davi Alcolumbre) A tramitação, com certeza, não vai ser com toda essa celeridade em relação ao prazo de vencimento do mandato da procuradora-geral. Atté para isso tem o procurador substituto, o vice-procurador para ocupar esse espaço. Vai ser no tempo da mensagem chegar.
(Repórter) Para o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, a indicação de Augusto Aras ofende a tradição da lista tríplice, até então respeitada desde 2003 pelo Palácio do Planalto.
(Randolfe Rodrigues) Mostra que o senhor Jair Bolsonaro não quer um Ministério Público independente e atuante. Mostra que ele quer um advogado dos seus interesses e dos seus interesses familiares, incompatível com qualquer regime republicano. Eu espero sinceramente que o Senado esteja à altura da nação rejeitando o nome desse procurador biônico.
(Repórter) O senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, argumentou que o presidente da República não é obrigado a escolher um nome da lista tríplice.
(Roberto Rocha) Essa é uma prerrogativa do presidente de escolher não necessariamente na lista tríplice nem tão pouco o primeiro colocado. Existe uma cultura, uma prática, mas se ele resolve fazer outra escolha, é da prerrogativa dele e ele foi eleito para isso.
(Repórter) O indicado ao cargo de procurador-geral da República será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça e terá o nome submetido à aprovação do Plenário do Senado.