Pesquisa DataSenado aponta que mulheres ainda têm medo de denunciar seus agressores — Rádio Senado
Lei Maria da Penha

Pesquisa DataSenado aponta que mulheres ainda têm medo de denunciar seus agressores

11/08/2015, 18h28 - ATUALIZADO EM 11/08/2015, 19h15
Duração de áudio: 02:03
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: APESAR DE CONHECEREM A LEI MARIA DA PENHA, AS MULHERES AINDA SE SENTEM DESRESPEITADAS E TÊM MEDO DE DENUNCIAR SEUS AGRESSORES, APONTA PESQUISA DO DATASENADO LOC: PARA O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, APESAR DOS AVANÇOS, É PRECISO FAZER MAIS. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC (Repórter) A edição deste ano da pesquisa do Senado federal sobre a Violência contra a Mulher, mostra que cem por cento das brasileiras já têm conhecimento da existência da Lei Maria da Penha, promulgada em 2006. Para a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o levantamento do DataSenado revela informações importantes sobre o conhecimento da Lei. (ELEONORA) É mais um instrumento pra subsidiar e qualificar cada vez mais por um lado as nossas políticas públicas, para o enfrentamento da violência contra as mulheres e a tolerância zero e o controle monitoramento sobre as políticas. (Repórter) A ministra acrescenta que um relatório do disque 180 dos primeiros 6 meses desse ano mostra o aumento no número de ligações de mulheres pedindo informações sobre a legislação, e também de denúncias anônimas e de estupro. Mas, apesar do conhecimento, uma a cada cinco mulheres continua sendo agredida. Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, com a pesquisa fica claro que, apesar dos avanços, é preciso mais. (RENAN) Deduzimos que a conquista que significou a instituição da Lei Maria da Penha, ainda não se completou. Essa lei Maria da Penha, indicou um caminho, não uma chegada. Precisamos, claro, fazer mais. (Repórter) O uso do álcool e o ciúme ainda são apontados pelo DataSenado como os principais motivos que desencadeiam as agressões. E os agressores são os mesmos: marido, companheiro, namorado ou ex. Na opinião da presidente da Comissão Mista de Violência contra a Mulher, senadora Simone Tebet, do PMDB do Mato Grosso do Sul, as informações vão subsidiar os trabalhos do colegiado. (TEBET) A informação é o que vai fazer com que nós possamos ser eficazes na política pública do combate à Violência contra a Mulher nesta comissão. (Repórter) O levantamento, que ouviu mil 102 brasileiras, revela ainda que a maioria não se considera respeitada plenamente. Esta é a décima edição da pesquisa, que está disponível em www.senado.leg.br/datasenado. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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