Ministra afirma que atuação de ONGs indigenistas será revista — Rádio Senado
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Ministra afirma que atuação de ONGs indigenistas será revista

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) que a política voltada para os indígenas será reavaliada. Segundo ela, os convênios da Funai com entidades e ONGs estão sendo revistos e um repasse de cerca de 44 milhões de reais a uma organização que desenvolveria um sistema de criptomoedas para indígenas foi suspenso.

21/02/2019, 16h32 - ATUALIZADO EM 21/02/2019, 17h51
Duração de áudio: 01:42
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública com a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos para prestar informações de assuntos inerentes à Pasta.

Em pronunciamento, à mesa, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ATUAÇÃO DAS ONG’S JUNTO A INDÍGENAS SERÁ REVISTA PELO MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS, QUE HOJE ABRIGA A FUNAI. LOC: A INFORMAÇÃO FOI DADA PELA MINISTRA DAMARES ALVES, EM DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO. REPÓRTER MARCELA DINIZ. (Repórter) A estrutura da Funai passou do Ministério da Justiça para o da Mulher, Família e Direitos Humanos e a ministra Damares Alves, que está à frente da pasta, disse que toda a política voltada para indígenas está sendo reavaliada pelo novo governo: (Damares Alves) Nós vamos precisar rever a política indigenista no Brasil. Eu questiono muito, especialmente, a política de isolamento do índio. Não a política dos índios isolados, mas a política de isolamento do índio: o índio não pode plantar, não pode produzir, não pode ir para a escola. (Repórter) Damares afirmou que os convênios da Funai com entidades e ONG’s estão sendo revistos e que já suspendeu um repasse de cerca de 44 milhões de reais a uma organização que desenvolveria um sistema de criptomoedas para indígenas, o que, em sua avaliação, não é prioridade. A ministra disse que outros cortes poderão ser feitos: (Damares Alves) Estamos abrindo todos os contratos da Funai, nós vamos rever também a atuação das OnG’s na Funai. Tem muita ong séria lá, [palmas] mas tem muita ong que tem precisa dizer tchau para a Funai e nós vamos estar revendo o papel das ONG’s dentro de área indígena no Brasil. (Repórter) O senador Telmário Mota, do PROS de Roraima, afirmou que os indígenas querem a integração com a sociedade e pediu o apoio da ministra para iniciativas como a das Universidades Indígenas: (Telmário Mota) Hoje os povos indígenas querem a integração tanto social como política e econômica e essa universidade seria, sem dúvida, uma porta de abertura para mudar um conceito antigo indigenista que atrasou muito as comunidades e que hoje, graças à educação, estão se liberando. (Repórter) Damares Alves disse que apoia a universidade indígena e as cotas para indígenas nas universidades.

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