Relator da LDO alerta que novo governo não terá espaço para mudar orçamento — Rádio Senado
Votação após eleições

Relator da LDO alerta que novo governo não terá espaço para mudar orçamento

Ao entregar oficialmente o Orçamento Geral da União de 2019 ao Congresso Nacional, o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, sugeriu que o projeto só seja votado após as eleições, para que o novo governo faça as adequações necessárias. O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), descartou margem para muitas mudanças no projeto, ao citar a necessidade de endividamento de R$ 258 bilhões para pagar as despesas correntes, a exemplo, do Bolsa-Família, com verba garantida até junho do ano que vem.

10/09/2018, 13h54 - ATUALIZADO EM 10/09/2018, 15h00
Duração de áudio: 01:38
Marcos Brandão/Senado Federal

Transcrição
LOC: RELATOR DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS DE 2019 ALERTA QUE NOVO GOVERNO NÃO TERÁ MUITA MARGEM PARA ALTERAR O ORÇAMENTO. LOC: AO ENTREGAR O PROJETO, MINISTRO DO PLANEJAMENTO SUGERE QUE CONGRESSO NACIONAL SÓ VOTE A PROPOSTA DEPOIS DAS ELEIÇÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, entregou oficialmente ao presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira, o Orçamento Geral da União de 2019. Ao destacar a importância do projeto para o próximo presidente da República, Esteves Colnago sugeriu que a Comissão Mista de Orçamento só comece a discutir a proposta depois das eleições, para que a equipe econômica do próximo governo possa adequá-la às promessas de campanha. (Esteves Colnago) Na realidade, existe essa flexibilidade. Há um acordo informal com os membros da Comissão Mista de Orçamento para aguardar a eleição para que tenham a participação também já do próximo presidente eleito. (Repórter) O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, senador Dalirio Beber, do PSDB de Santa Catarina, não vê margem para muitas mudanças no projeto já apresentado à CMO. Ele destacou que o próximo presidente da República assumirá com a responsabilidade de aumentar o endividamento do País em R$ 258 bilhões para pagar as despesas correntes, a exemplo do Bolsa-Família, com verba garantida até junho do ano que vem. (Dalirio Beber) Nós temos no ano que vem já a garantia de o Brasil ter necessidade para sobreviver de buscar dinheiro emprestado, ou seja, se endividar para fazer o custeio da máquina pública. Isso é lamentável porque a sequência dessa situação vai simplesmente aprofundar a dificuldade que o Brasil vive. Por isso, o próximo governo com a sua equipe, com certeza, terão as condições para continuar concordando com a necessidade das reformas ou eventualmente discordando das nossas posições. (Repórter) Segundo Dalirio Beber, entre as decisões do próximo presidente da República estão a redução das desonerações fiscais e a votação da Reforma da Previdência.

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