Cubanos do Mais Médicos poderão ser contratados diretamente pelo Ministério da Saúde — Rádio Senado
Médicos Pelo Brasil

Cubanos do Mais Médicos poderão ser contratados diretamente pelo Ministério da Saúde

O senador Confúcio Moura (PMDB-RO) apresentou, nesta terça-feira (17), seu relatório à Comissão Mista responsável por examinar a MP 890, que criou o programa Médicos pelo Brasil. A iniciativa tem o objetivo de levar atendimento de saúde a localidades carentes e vulneráveis, destinando a maioria das 18 mil vagas a municípios de difícil acesso nas regiões Norte e Nordeste. O relator manteve a exigência de que profissionais formados no exterior estejam inscritos nos conselhos regionais de medicina, à exceção dos médicos cubanos que atuavam no programa Mais Médicos e que permaneceram no Brasil após o fim do contrato com a Organização Panamericana de Saúde. Para participar do novo programa, esses profissionais deverão revalidar seus diplomas no exame Revalida, do Ministério da Educação, que deverá ser aplicado uma vez por semestre. A reportagem é de Celso Cavalcanti, da Rádio Senado.

17/09/2019, 19h36 - ATUALIZADO EM 17/09/2019, 19h44
Duração de áudio: 02:21
Foto: Marcos Fabricio / Maricá

Transcrição
LOC: PROFISSIONAIS CUBANOS QUE ATUAVAM NO “MAIS MÉDICOS” PODERÃO SER CONTRATADOS DIRETAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA O PROGRAMA “MÉDICOS PELO BRASIL”. LOC: É O QUE PREVÊ O RELATÓRIO APRESENTADO NESTA TERÇA-FEIRA NA COMISSÃO MISTA RESPONSÁVEL POR EXAMINAR A MEDIDA PROVISÓRIA QUE CRIOU O NOVO PROGRAMA. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI: TÉC: Instituído no início de agosto pela emepê 890, o programa Médicos pelo Brasil objetiva levar atendimento de saúde a localidades vulneráveis e que tenham carência de profissionais da área, além de estimular a formação de médicos especialistas em saúde de família e de comunidade. São oferecidas 18 mil vagas nas diferentes regiões do país, a maior parte delas destinadas a municípios de difícil acesso, especialmente no Norte e Nordeste. O relator da matéria, senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, destacou que a implantação do Médicos pelo Brasil não significa o fim do programa Mais Médicos, criado em 2013. (CONFUCIO MOURA): É importante ressaltar que a MP 890 não prevê a descontinuidade do programa Mais Médicos, nem o projeto Mais Médicos para o Brasil. Em reunião mantida no Ministério da Saúde, o ministro garantiu que os contratos vigentes serão cumpridos, e há previsão de lançamento de novos editais. Inclusive, neste momento, há cerca de 700 médicos recém-incorporados ao projeto, encontram-se na fase de capacitação aqui em Brasília. (REP) O relator manteve a exigência de que de candidatos formados no exterior estejam inscritos no conselho regional de medicina. A exceção serão os médicos cubanos que atuavam no Mais Médicos e que permaneceram no Brasil após o fim do convênio com a Organização Panamericana de Saúde. Esses profissionais poderão ser contratados diretamente pelo Ministério da Saúde, desde que revalidem seus diplomas no Ministério da Educação por meio do exame Revalida, que de acordo com o texto deverá ser aplicado pelo órgão duas vezes por ano. O programa recebeu apoio do ex-ministro da Saúde e deputado Alexandre Padilha, do PT de São Paulo. (ALEXANDRE PADILHA) Da nossa parte sempre terá o apoio de qualquer medida que leve mais médicos pro povo brasileiro. Que possa ter vindo bom o programa aqui para o Congresso Nacional, e que o nosso papel enquanto congressista é que ele fique ótimo. (REP) A expectativa é que a comissão mista conclua na próxima semana a votação da emepê que institui o Médicos pelo Brasil. Depois disso o texto será submetido aos plenários da Câmara e do Senado Federal. Da Rádio Senado, Celso Cavalcanti

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