Audiência Pública na CRE discute os 25 anos do Mercosul — Rádio Senado
Mercosul

Audiência Pública na CRE discute os 25 anos do Mercosul

12/11/2015, 14h14 - ATUALIZADO EM 12/11/2015, 14h14
Duração de áudio: 02:07
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza audiência pública para debater a avaliação dos 25 anos do Mercosul. 

Mesa (E/D): 
sócio da empresa de consultoria GO Associados, Regis Arslanian; 
presidente eventual da CRE, senador Lasier Martins (PDT-RS); 
presidente do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Rubens Barbosa 

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS 25 ANOS DE EXISTÊNCIA DO MERCOSUL FORAM O TEMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. LOC: ESPECIALISTAS EM COMÉRCIO INTERNACIONAL AFIRMARAM QUE O MERCOSUL VIVE UM DOS PIORES MOMENTOS DA SUA HISTÓRIA E DEFENDERAM MUDANÇAS URGENTES NO BLOCO PARA ESTIMULAR A ECONOMIA BRASILEIRA. REPÓRTER NARA FERREIRA: (Repórter) O marco inicial do Mercosul é o Tratado de Assunção, assinado em 26 de março de 1991, que estabeleceu entre os principais objetivos uma união aduaneira com adoção de uma Tarifa Externa Comum, além da livre circulação de mercadorias e a coordenação de políticas macroeconômicas. Regis Arslanian, que foi embaixador do Brasil no Mercosul por cinco anos, disse que o bloco é um importante instrumento de integração e não meramente de união comercial. Ele destacou que o Brasil deve exercer a liderança para que o Mercosul supere este momento de crise (Regis Arslanian): É fácil sempre dizer que o Mercosul está paralisado, não serve para nada, que as amarras do Mercosul estão atrapalhando e prejudicando o Brasil, mas acho que é importante também e cabe ao Brasil ter esse tipo de visão estratégica do que é a integração geopolítica. (Repórter) Roberto Giannetti, presidente do Conselho Empresarial da América Latina, disse que para se tornar dinâmico, o Mercosul deve mudar de união aduaneira, para um bloco de livre comércio. (Roberto Giannetti) Cada um poderá praticar, extra regional, as alíquotas que preferir. Se o Brasil quer ter um acordo com África do Sul, Índia, Argentina não quer, não tem problema, deixa Argentina lá, nós vamos fazer nosso acordo. Até porque nunca deveria ter sido união aduaneira. (Repórter) Para o senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, o Mercosul se tornou uma barreira que isola o Brasil do resto do mundo, especialmente dos países desenvolvidos. (Tasso Jereissati) O mais grave é que não é apenas uma questão comercial, é uma questão de cadeia global de produção que nos distancia da tecnologia, da formação de conhecimento. No momento em que estamos longe dela, nós estamos nos afastando mais e mais do mundo moderno e mais homogêneo. (Repórter) O embaixador Rubens Barbosa, do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp, ressaltou que o Acordo Transpacífico, assinado recentemente por doze países, mostrou que a política comercial brasileira está equivocada.

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