CRE debate política de investimentos na indústria militar do país — Rádio Senado

CRE debate política de investimentos na indústria militar do país

LOC: OS INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA MILITAR BRASILEIRA CRESCERAM MAIS DE CINCO VEZES NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS. AINDA ASSIM, O BRASIL TEM QUE AUMENTAR SEUS ESFORÇOS EM SETORES ESTRATÉGICOS. 

LOC: UM PANORAMA SOBRE A POLÍTICA DO SETOR FOI APRESENTADO HOJE NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES PELO MINISTRO DA DEFESA, CELSO AMORIM. O REPÓRTER FLORIANO FILHO TRAZ OS DETALHES. 

(Repórter) Os investimentos em armamentos e novas tecnologias militares já superam os 18 bilhões de reais por ano. É um dos dez maiores do mundo, mesmo que em termos relativos, o Brasil ainda gaste um percentual pequeno, cerca de um e meio por cento do Produto Interno Bruto. Segundo o ministro da Defesa, Celso Amorim, os principais projetos militares brasileiros estão em andamento, mas a situação está longe do ideal.  

(Celso Amorim) Muitos projetos que nós consideramos essenciais estão muito aquém do que nós precisamos fazer. Nós temos conseguido manter os grandes projetos em andamento (...) O Pró-Sub, o submarino nuclear, o blindado Guarani, outros mesmo, ainda que aquém do ideal, mas têm recebido recursos importantes. 

(Repórter) O ministro também ressaltou a importância da cooperação militar na África e na América Latina. Ele lembrou que estão em andamento aqui na região projetos conjuntos para produção de veículos aéreos não tripulados. O comércio intrarregional de armamentos também vem aumentando. A Colômbia, por exemplo, comprou aviões supertucanos do Brasil e vendeu lanchas militares para o país. Outro exemplo é o avião cargueiro KC 390, da Embraer, que está sendo desenvolvido em conjunto com a Argentina. Amorim também falou sobre o combate ao tráfico de drogas, espionagem e guerra cibernética. Ele confirmou que as Forças Armadas estão trabalhando na transformação do atual Centro Cibernético em um comando nacional. A senadora Vanessa Graziottin, do PC do B do Amazonas, considera o assunto uma prioridade para o país. 

(Vanessa Graziottin) Hoje o poder não é só território, não é só armamento. O poder é comunicação, é o controle sobre as comunicações. Hoje, com o apertar de um botão, uma guerra pode ser desencadeada, um país pode paralisar. 

(Repórter) Durante a reunião, o ministro Celso Amorim também anunciou que até o final de maio acontecerá mais uma Operação Ágata -- fiscalização conjunta para controle da fronteira seca do Brasil, comandada pelo Exército e com a participação de organizações de segurança.
27/03/2014, 05h40 - ATUALIZADO EM 27/03/2014, 05h40
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