CRE aprova relatório sobre a situação da Indústria Nacional de Defesa — Rádio Senado
Defesa nacional

CRE aprova relatório sobre a situação da Indústria Nacional de Defesa

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (10) o relatório sobre a situação da Indústria Nacional da Defesa. O documento conclui que faltam compromisso, planejamento e investimento no setor. Apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES), após uma série de audiências públicas na Comissão, o documento deverá ser entregue ao ministro da Defesa, Aldo Rebelo.

10/12/2015, 13h05 - ATUALIZADO EM 10/12/2015, 14h13
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza reunião para apreciação da avaliação da política pública na área da indústria de defesa nacional. 

À mesa, o presidente eventual, senador Edison Lobão (PMDB-MA). 

Bancada: 
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG); 
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES); 
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) 

Foto: Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES APROVOU NESTA QUINTA-FEIRA O RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL DA DEFESA. O DOCUMENTO CONCLUI QUE FALTAM COMPROMISSO E PLANEJAMENTO NO SETOR. LOC: APRESENTADO PELO SENADOR RICARDO FERRAÇO, APÓS UMA SÉRIE DE AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NA COMISSÃO, O DOCUMENTO DEVERÁ SER ENTREGUE AO MINISTÉRIO DA DEFESA, ALDO REBELO. REPÓRTER NARA FERREIRA: (Repórter) No relatório aprovado, o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, criticou a falta de planejamento num setor estratégico para o País e que vem sofrendo por falta de recursos e investimentos. Ferraço citou o programa aeroespacial brasileiro que conta hoje com 20 milhões de dólares por ano, dos 65 milhões previstos inicialmente (Ricardo Ferraço) apenas um terço desses recursos que já eram insuficientes é que estão sendo disponibilizados para o desenvolvimento desse que é um programa ou deveria ser estratégico para o nosso país. Com esse esvaziamento esse é um programa assim como todos os outros tem sua continuidade absolutamente comprometida. (Repórter) O senador opinou que as causas para o atraso são a ausência de um comando unificado com foco em resultados e a baixa integração com a indústria. Ele lembrou que o projeto Ciclone, para lançamento de satélite em cooperação com a Ucrânia, exigia a assinatura de um acordo de salvaguardas com os EUA, recusado pelo Brasil. O programa foi cancelado, o que inviabilizou a utilização da base de Alcântara no Maranhão. Para Ferraço, o Brasil está atrasado em relação até mesmo dos vizinhos na América Latina. A Argentina, por exemplo, já está colocando o segundo satélite geoestacionário em órbita. Outro programa ameaçado é a fabricação, pela Helibrás, de 50 helicópteros para as três forças armadas. Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, ressaltou que falta planejamento de longo prazo (Cristovam Buarque) É uma vergonha que a gente esteja atrás não é dos Estados Unidos, da Europa, do Japão, China e India em termos de pesquisas espaciais. Estamos atrás do Paquistão, da coreia do sul e do norte, por falta de uma política de estado de longo prazo. (Repórter) Os senadores vão marcar uma visita ao ministro da Defesa, Aldo Rebelo, para entregar pessoalmente a avaliação da Comissão sobre a política nacional de Defesa. Da Rádio Senado Nara Ferreira. LOC: TAMBÉM NESTA QUINTA-FEIRA A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES SABATINOU E APROVOU A INDICAÇÃO DE DOIS DIPLOMATAS PARA POSTOS NO EXTERIOR. ZENIK KRAWCTSCHUK (CRAUTICHUC), É INDICADO PARA EMBAIXADOR DO BRASIL EM GRANADA E GONÇALO DE BARROS MOURÃO, DEVE REPRESENTAR O BRASIL JUNTO À COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA.

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