CRA debate Plano Safra e regularização fundiária — Rádio Senado

CRA debate Plano Safra e regularização fundiária

LOC: O PLANO SAFRA, A REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E A QUESTÃO DA ARMAZENAGEM NO BRASIL FORAM TEMAS DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO. 

LOC: O DEBATE CONTOU COM A PRESENÇA DOS MINISTROS DA AGRICULTURA, ANTÔNIO ANDRADE, E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, PEPE VARGAS. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: 

TÉC: O Plano Safra 2013/2014 disponibilizará 136 bilhões de reais para a produção rural de médio e grande portes e 39 bilhões para a agricultura familiar, sendo 21 bilhões para empréstimos do PRONAF. A previsão é de 194 milhões de toneladas para a safra do ano que vem, 7 milhões de toneladas a mais que a deste ano. Durante o debate na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, destacou que o Plano prevê, ainda, crédito para a construção e modernização de armazéns em áreas onde hoje há perda de produção por falta dessas estruturas: 

(ANDRADE) Nós lançamos programa de 25 bilhões e acreditamos que, no final de 5 anos, não vai acontecer mais de termos milho, soja, armazenados a céu aberto. 

(REPÓRTER) O senador Sérgio Souza, do PMDB do Paraná, um dos autores do pedido para a audiência pública, disse que as perdas na produção rural por questões logísticas e de armazenagem chegaram, em 2012, a 180 bilhões de reais. Ele defendeu mais investimentos na área e melhor aproveitamento dos armazéns existentes hoje: 

(SOUZA) Paraná tem dezenas de armazéns que estão subutilizados, armazéns enormes em regiões importantes como Ponta Grossa, por exemplo. Armazéns agregam valor: você vender hoje, na safra, seu produto é um valor; se você coloca ele pra vender na entressafra, ele tem pelo menos de 15 a 20% a mais de valor agregado e o custo, inclusive, de escoamento é menor.  

(REPÓRTER) Outro tema debatido na Comissão de Agricultura do Senado foi a regularização fundiária. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, informou que o programa Terra Legal tem avançado no georreferenciamento das áreas a serem regularizadas na Amazônia Legal, mas há entraves na lei que atrasam a entrega dos títulos de posse; problema que poderia ser resolvido, na opinião do ministro, se governo e parlamentares discutissem mudanças para tornar a lei da regularização fundiária menos engessada: 

(VARGAS) Poderíamos pegar a Comissão de Agricultura da Câmara, a Comissão de Agricultura do Senado e discutirmos rapidamente alterações na legislação pra gente acelerar essa questão definitivamente. 

(REPÓRTER) Desde o início do programa Terra Legal até agora, 5.400 documentos de posse foram entregues, com prioridade a agricultores familiares e comunidades tradicionais.
26/09/2013, 01h35 - ATUALIZADO EM 26/09/2013, 01h35
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