CPI vai investigar pagamento de indenização para familiares de vítimas de desastre da Chapecoense — Rádio Senado
CPI da Chapecoense

CPI vai investigar pagamento de indenização para familiares de vítimas de desastre da Chapecoense

Senado cria CPI para investigar demora no pagamento de indenização das famílias dos jogadores da Chapecoense que morreram na queda do avião da empresa boliviana LaMia, em 2016. Senadores pretendem convocar representantes das seguradoras do avião. Lido o requerimento de criação da CPI da Chapecoense, cabe aos líderes a indicação dos integrantes para investigar a demora no pagamento da indenização às famílias das 71 pessoas que morreram. Segundo o senador Jorginho Mello (PL-SC), a CPI não tem meios para obrigar o pagamento. Já o senador Esperidião Amim (PP-SC) cobra uma atuação do governo brasileiro junto ao governo boliviano. As informações são da repórter da Rádio Senado, Hérica Christian.

05/11/2019, 23h19 - ATUALIZADO EM 06/11/2019, 14h42
Duração de áudio: 02:17
Beto Barata/Pr

Transcrição
LOC: SENADO CRIA CPI PARA INVESTIGAR DEMORA NO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS DA CHAPECOENSE. LOC: SENADORES PRETENDEM CONVOCAR REPRESENTANTES DAS SEGURADORAS DO AVIÃO QUE CAIU EM NOVEMBRO DE 2016. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN TÉC: Apresentado no final de agosto com 27 assinaturas, o requerimento de criação da CPI da Chapecoense foi lido em Plenário. Agora cabe aos líderes partidários indicarem os 18 integrantes, 11 titulares e 7 suplentes, que vão investigar a demora no pagamento da indenização às famílias das 71 pessoas que morreram na queda do avião da empresa boliviana LaMia por falta de combustível. Entre elas, jogadores, integrantes da comissão técnica, jornalistas e convidados que acompanhariam a partida do time na final da Copa Sulamericana em Medelín, na Colômbia. O senador Jorginho Mello, do PL de Santa Catarina, afirmou que passados 3 anos as seguradoras Tokio Marine Kiln e Bisa negociaram o pagamento de uma indenização menor em troca da desistência das ações judiciais. Ele afirmou que os representantes dessas empresas deverão ser convocados. Jorginho Mello explicou que a CPI não tem meios para obrigar o pagamento. Mas ponderou que a comissão vai pressionar as seguradoras. (Jorginho) E quando os órgãos de imprensa começarem a dizer que a companhia tal, que fez seguro tal, porque nós vamos dar os nomes, não cumpriu, isso deve ser um prejuízo extraordinário para eles. Eu tenho certeza que eles vão correr para vir acertar. E vai aflorar a responsabilidade deles, o que já devia ter acontecido, porque até então está muito cômodo, eles estão levando com a barriga, e nós vamos mexer com a credibilidade deles e eles vivem de credibilidade para vender seguro. REP: Já o senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina, defendeu que o governo brasileiro acione o governo boliviano. (Amim) Mas cabe aos ministros da Justiça e das Relações Exteriores dizer o que o estado brasileiro pode fazer e em que nível, incluindo ou não o presidente da República entre os atores a desempenhar o papel, que eu acho que é do estado brasileiro. No mínimo, tomar a providência elementar de chamar esse pessoal para uma conversa. A Bolívia tem relações diplomáticas com o Brasil, a companhia de seguros e resseguros operam no Brasil. REP: A CPI da Chapecoense terá o prazo de 6 meses para fazer as investigações. Da Rádio Senado, Hérica Christian RQS 994/2019

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