CPI ouve diretor financeiro do BNDES — Rádio Senado
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CPI ouve diretor financeiro do BNDES

30/08/2017, 19h31 - ATUALIZADO EM 30/08/2017, 19h31
Duração de áudio: 01:59
CPI do BNDES (CPIBNDES) realiza audiência pública interativa com o procurador do Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e o diretor financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

À mesa, diretor financeiro do BNDES, economista formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Carlos Thadeu de Freitas Gomes. 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO BNDES OUVIU NESTA QUARTA-FEIRA O DIRETOR FINANCEIRO DA INSTITUIÇÃO, CARLOS THADEU GOMES. LOC: OS EMPRÉSTIMOS DO BNDES PARA FINANCIAR OBRAS DE INFRAESTRUTURA EM OUTROS PAÍSES, COMO ANGOLA E CUBA, FORAM O PRINCIPAL ASSUNTO DA REUNIÃO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Carlos Thadeu Gomes assumiu a diretoria financeira do BNDES em julho passado. Ele disse aos integrantes da CPI que nesse pouco tempo de cargo já pode verificar que o processo de concessão de financiamentos pelo BNDES é bastante transparente. Tudo passa por comitês e depende de avaliações para aprovação. O relator da CPI, senador Roberto Rocha, do PSB do Maranhão, quis saber por que o BNDES optou por fazer investimentos em infraestrutura em países como Angola e Cuba quando o Brasil é tão carente de ferrovias, rodovias, hidrovias, portos e aeroportos: (ROBERTO ROCHA) O Brasil preferiu criar uma linha imaginária impedindo o seu crescimento econômico para fazer investimentos em infraestrutura fora do país. Eu dou o exemplo do Maranhão, o Maranhão tem o melhor porto das Américas, em relação ao calado, mas o Brasil, o governo, o banco, ou os dois, fez a opção de fazer o investimento lá em Cuba. E a pergunta é: por que fazer em Cuba se podia fazer no Brasil? (MAURÍCIO) Carlos Thadeu Gomes respondeu que o financiamento do BNDES foi para as empresas brasileiras que fizeram as obras em outros países. E para ele, esse tipo de operação ajuda a desenvolver a economia nacional, além de melhorar a balança comercial: (CARLOS THADEU GOMES) Essas obras no exterior também, se tudo funcionar bem, vão gerar emprego aqui, que também vão gerar renda, e vão gerar mais obras de infraestrutura. Essas empresas que financiam a exportação de serviços de engenharia e de bens também são operações domésticas. Não são operações externas. Agora, a magnitude das operações, a escolha dos países, aí, realmente eu prefiro não opinar porque não foi decisão do banco, ele somente colocou isso em termos operacionais. (MAURÍCIO): Carlos Thadeu Gomes afirmou ainda que os investimentos para obras de infraestrutura fora do Brasil foram feitos dentro das regras do fundo garantidor do próprio BNDES, são rentáveis e não há inadimplência. A CPI volta a se reunir em 12 de setembro. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.

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