CPI do Futebol vai explicar ao STF pedido de quebra de sigilos do presidente da CBF

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LOC: A CPI DO FUTEBOL VAI EXPLICAR AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL O PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DO PRESIDENTE DA CBF. LOC: A CPI OUVIU NESTA QUINTA-FEIRA OS AUTORES DO LIVRO “O LADO SUJO DO FUTEBOL”, QUE SUGERIRAM A INVESTIGAÇÃO SOBRE O PAPEL DOS INTERMEDIÁRIOS DOS CONTRATOS DE PUBLICIDADE DA CBF. REPÓRTER GEORGE CARDIM Téc:O presidente da CPI do Futebol, senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro, abriu a reunião explicando que vai encaminhar ao Supremo Tribunal Federal os motivos porque o colegiado pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marco Polo Del Nero. (Romário) “O ministro do Supremo Tribunal federal Edson Fachin pediu ao presidente desta comissão informações sobre a quebra do sigilo do senhor Marco Polo Del Nero aprovado por unanimidade no último dia 20. Prontamente enviaremos todas para que possamos continuar o trabalho desta investigação parlamentar. (Cardim) Em seguida, os senadores ouviram os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Amaury Ribeiro Jr. e Leandro Cipoloni, autores do livro “O lado Sujo do Futebol”. A obra denuncia casos de corrupção no esporte, fala sobre as negociações feitas pela CBF e questiona o modelo de venda dos direitos de transmissão na TV dos principais campeonatos. Os convidados explicaram que a CBF não negocia diretamente com os patrocinadores da seleção. Luiz Carlos Azenha sugeriu que a CPI investigue o papel dos intermediários que captam as propostas e chegam a lucrar até 20 por cento em cada contrato. (Azenha) “Eu acho que a pergunta óbvia que a gente se faz, e a gente não conseguiu esclarecer e é uma sugestão para a CPI é qual o papel destes intermediários em todos estes contratos? E alguns dos quais caem de paraquedas. Será que estes intermediários são colocados para pagamento de propinas”? (Cardim) O jornalista Leandro Cipolini elogiou o trabalho da CPI e lamentou a falta transparência na administração e nas contas da CBF. (Cipolini) “Esta falta de transparência existe por que logo que assumiu, um anos depois de assumir a CBF, Ricardo Teixeira assumiu em 1989 e em 1990, ele faz uma manobra genial. Ele tira todo o dinheiro público da CBF. Então a partir daquele momento fica muito mais difícil investigar a CBF. Tornou-se um caixa preta. (Cardim) Já o jornalista Amaury Ribeiro Júnior sugeriu que a CPI apure indícios de lavagem de dinheiro na organização da última Copa do Mundo e se prontificou a entregar novos documentos para a Comissão. Da Rádio Senado, George Cardim.