CPI do Carf ouve dois investigados pela Polícia Federal — Rádio Senado
CPI do Carf

CPI do Carf ouve dois investigados pela Polícia Federal

05/11/2015, 18h01 - ATUALIZADO EM 05/11/2015, 18h01
Duração de áudio: 02:24
Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar denúncias nos julgamentos realizados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). 

CPI do CARF: Comissão ouve o advogado sócio da J.R. Silva Advogados & Associados, Eduardo Gonçalves Valadão, e o ex-diretor financeiro da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), Halysson Carvalho Silva
Data: 05/11/2015
Horário: 09:00:00
Local: Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 15

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO CARF OUVIU HOJE DOIS INVESTIGADOS PELA POLÍCIA FEDERAL NA OPERAÇÃO ZELOTES QUE ESTÃO PRESOS: O ADVOGADO EDUARDO VALADÃO E HALYSSON CARVALHO, ACUSADO DE EXTORSÃO. LOC: PARA OS MEMBROS DA CPI, O DEPOIMENTO DE HALYSSON CARVALHO FOI CONFUSO E ELE PODE TER MENTIDO PARA ENCOBRIR OUTROS ENVOLVIDOS NO ESQUEMA DE FRAUDES EM JULGAMENTOS DO CARF. DETALHES COM PAULA GROBA. (Repórter) O ex-diretor da Fundação Cultural do Piauí, Halysson Carvalho, negou aos senadores que tenha qualquer relação com os lobistas e ex-conselheiros do Carf, investigados e presos junto com ele durante a quarta fase da Operação Zelotes. Halysson afirmou que nem mesmo sabe como funciona o Carf. Ele informou à comissão que não conhece as acusações contra ele, apesar de já estar detido, e negou ter relação com irregularidades apontadas pela Operação Zelotes. Segundo a polícia, Halysson é acusado de tentativa de extorsão. Uma das provas seria um e-mail dele cobrando pagamentos relacionados ao esquema de propinas pagas por duas montadoras de carros. Halysson negou ser o autor do e-mail. Ele disse que pouco acessava a conta, que foi aberta na época de sua campanha para deputado, em 2010. (Halysson Carvalho) Esse era um e-mail que era usado só pra campanha se você ver ele foi criado em 2010, esse site e o email pertencia ao próprio site. É um email que eu pouco usava. Pouco abria e se abria foi muito poucas vezes. (Repórter) Os senadores também questionaram Halysson sobre uma viajem que ele fez a São Paulo, em 2010, que segundo a polícia, teria sido paga pelo lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos principais envolvidos no esquema. Halysson afirmou não se lembrar do motivo da viagem, quem a pagou ou onde se hospedou durante sua estada. Para o presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, ficou claro que o depoente mentiu à comissão. (Ataídes Oliveira) Ele veio aqui evidentemente pra proteger o José Ricardo e o APS, o Alexandre Paes dos Santos. Ele mentiu o tempo todo. Para o senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, para que seja solto da prisão, Halysson ainda terá de colaborar com as investigações. (Randolfe Rodrigues) Ele não colaborando com as investigações, tenderá a ter a prorrogação da prisão dele. E ele não será liberado enquanto não colaborar. Estou confiante no futuro em relação ao Halysson que ele será uma peça chave de delação para esclarecer o funcionamento desse esquema. (Repórter) Já Eduardo Valadão, advogado e sócio do ex-conselheiro do Carf, José Ricado Silva apresentou um habeas corpus e não respondeu as perguntas feitas pelos senadores. Valadão também está preso e responde pela acusação de atuar junto com José Ricardo na negociação de propinas para a manipulação de julgamentos no Carf.

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