CPI do Carf aprova quebra de sigilos de dirigentes da Mitsubishi — Rádio Senado
Investigações

CPI do Carf aprova quebra de sigilos de dirigentes da Mitsubishi

16/07/2015, 20h04 - ATUALIZADO EM 16/07/2015, 20h28
Duração de áudio: 02:07
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO CARF APROVOU NESTA QUINTA-FEIRA A QUEBRA DE SIGILOS BANCÁRIO, FISCAL, TELEFÔNICO OU TELEMÁTICO DE ADVOGADOS E DIRIGENTES DA EMPRESA MITSUBISH NO BRASIL. LOC: A COMISSÃO TAMBÉM DECIDIU QUEBRAR OS SIGILOS DE DUAS EMPRESAS QUE ASSESSORAVAM A MITSUBISH EM PROCESSOS NO CARF. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) O presidente da Mitsubishi no Brasil Robert Rittscher e o ex dirigente da empresa, Paulo Ferraz, terão os sigilos telefônicos quebrados. No caso de Paulo Ferraz, também foi pedida a quebra do sigilo telemático. A Mitsubishi é investigada pela operação Zelotes da Polícia Federal depois que a empresa conseguiu reduzir uma dívida com a Receita Federal no Carf no valor de 266 milhões para menos de 1 milhão de reais. A polícia obteve acesso a conversas entre advogados contratados pela empresa na qual eles adiantavam o resultado da votação no Conselho Administrativo e comemoravam o êxito. Além dos dois dirigentes da empresa, terão sigilos fiscal e bancário quebrados as empresas Planeja Assessoria e Alfa Atenas Assessoria Empresarial. As duas empresas prestaram assistência à Mitsubishi em processos dentro do Carf. O presidente da Comissão, senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, explicou porque pediu a quebra do sigilo de Robert Rittsher. (Ataídes Oliveira) Porque eu acredito que ele tem informações extraordinária e que ele sabia de tudo sobre esse julgamento. Você está diante de um fato extremamente contundente. Um julgado de um alto de infração de 266 milhões de reais, aonde foi dada a sentença de culpabilidade da empresa no valor de 1 milhão, ou seja, novecentos e poucos mil reais? (Repórter) Outros requerimentos de quebra de sigilo correspondem a Hugo Borges, um dos principais suspeitos de operar o esquema de propinas entre empresas e ex-conselheiros do Carf junto com José Ricardo da Silva. Ambos são investigados pela Operação Zelotes. A CPI também terá acesso aos dados bancário e fiscal de Eduardo Ramos, Ezequiel Cavallari, Silvio Romão e Ricardo Rett. De acordo com a senadora Vanessa Graziottin, do PCdoB do Amazonas, no segundo semestre a CPI vai realizar um seminário para debater uma nova estruturação do Carf. A relatora da CPI explica que as investigações são necessárias, mas a reestruturação do órgão é essencial para combater mais fraudes no Conselho.

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