CPI da Espionagem aprova relatório final dos seus trabalhos — Rádio Senado

CPI da Espionagem aprova relatório final dos seus trabalhos

LOC: OS INVESTIMENTOS NO SETOR DE INTELIGÊNCIA E CONTRA ESPIONAGEM NO BRASIL É INSUFICIENTE PARA UM PAÍS QUE PRETENDE TER DESTAQUE NO CENÁRIO INTERNACIONAL. 

LOC: ESTA FOI UMA DAS CONCLUSÕES DO RELATÓRIO FINAL DA CPI DA ESPIONAGEM APROVADO HOJE NO SENAOD. O REPÓRTER FLORIANO FILHO TRAZ OS DETALHES:  

(Repórter) O relatório final aprovado hoje encerra um trabalho que começou em setembro de 2013. Naquela altura já se sabia que o serviço de espionagem dos Estados Unidos e de países aliados tinham feito escutas de vários líderes internacionais, incluindo a presidente Dilma Roussef. Mais tarde ficou evidente que os alvos não eram apenas políticos. Grandes empresas como a Petrobras também tiveram seus dados eletrônicos vasculhados. Segundo o relator da CPI, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, ainda hoje o Brasil não está preparado para se defender da espionagem eletrônica e nem de possíveis guerras cibernéticas. 

(Ricardo Ferraço) É imperiosa a edição e implementação da política nacional de inteligência ainda esquecida nos escaninhos do Palácio do Planalto três anos e meio depois de apreciada pelo Congresso Nacional. 

(Repórter) O relator sugeriu a aprovação de uma emenda constitucional para estruturar de forma adequada o sistema nacional de inteligência e defendeu mais investimentos para o setor. Segundo ele, o Brasil não terá participação mais efetiva no sistema internacional se não estiver melhor capacitado. 

(Ricardo Ferraço) Os investimentos em inteligência são necessários se o nosso país deseja como parece que deseja ampliar cada vez mais o seu protagonismo internacional chegando ao ponto de ter um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas e dialogar com outro padrão com os demais países. 

(Repórter) A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, apoiou a criação de um comando nacional cibernético, como quer o Ministério da Defesa. Também defendeu uma mudança de mentalidade em relação a um setor estratégico em um mundo globalizado. 

(Vanessa Grazziotin) O poder de uma nação não está somente em sua força econômica, na sua força bélica. Mas também no domínio que tem sobre a tecnologia da informação. E este mundo em que vivemos, além de estar globalizado, ele está conectado. 

(Repórter) O relatório final propôs ainda uma nova lei para garantir a privacidade e limitações ao acesso de dados dos brasileiros por parte de empresas estrangeiras.
09/04/2014, 07h22 - ATUALIZADO EM 09/04/2014, 07h22
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