COP-22 foi destaque dos trabalhos da Comissão Mista de Mudanças Climáticas em 2016 — Rádio Senado
Balanço 2016

COP-22 foi destaque dos trabalhos da Comissão Mista de Mudanças Climáticas em 2016

19/12/2016, 18h36 - ATUALIZADO EM 19/12/2016, 18h36
Duração de áudio: 02:52
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CONFERÊNCIA DAS PARTES SOBRE O CLIMA, COP 22, QUE ACONTECEU EM MARRAKECH, MARROCOS, FOI UM DOS DESTAQUES DOS TRABALHOS DA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS NESTE ANO. LOC: A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA NO MAIOR EVENTO MUNDIAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA FOI ELOGIADA PELO EMBAIXADOR CHEFE DA COP E TROUXE NOVOS TEMAS PARA DISCUSSÕES NO PARLAMENTO. A REPÓRTER PAULA GROBA, ENVIADA ESPECIAL À CONFERÊNCIA, CONTA OS DETALHES. (Repórter) Ação! Este foi o imperativo que dominou os trabalhos da comitiva brasileira que participou da COP 22, em Marrakech, durante o mês de novembro. Mesmo sendo um evento para definições mais técnicas sobre a implementação do Acordo de Paris, a equipe brasileira, constituída por membros dos ministérios de Relações Exteriores, da Agricultura, do Meio Ambiente, além de deputados e senadores, membros da comissão Mista de Mudanças Climáticas, representes de ONGs e entidades como Ipea e Embrapa conseguiu conquistar mais uma vez destaque nos debates e ações para conter o aquecimento global. Membros do governo exaltaram as ações do Congresso para a rápida ratificação do Acordo de Paris e a aprovação de Leis que já permitem uma redução significativa das emissões de gases, principalmente pelos meios de transporte. Na avaliação do consultor legislativo de Meio Ambiente do Senado, Habib Fraxe Neto, o Brasil mais uma vez foi protagonista nos debates e, além de reafirmar os seus compromissos, demonstrou iniciativas para implementá-los: (Habib Fraxe Neto) Essa COP funcionou digamos pra manter o ímpeto pelo menos no caso brasileiro de além de ter assumido o compromisso, de buscar soluções pra implementação das metas da NDC. (Repórter)Uma das propostas aprovadas pelo Congresso brasileiro é a que aumenta o percentual de biodiesel ao óleo diesel, um projeto do ex-senador Donizeti Nogueira, do PT de Tocantins. Na mesma linha, o Brasil inaugurou uma plataforma para ampliar a troca de experiências com outros países no setor de biocombustíveis, a plataforma Biofuturo. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, esta será uma das metas do Brasil para 2017 e os anos seguintes: avançar na produção de biocombustíveis como uma das estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Durante o evento, a participação do Brasil foi elogiada pelo negociador-chefe da COP 22, embaixador Aziz Mekouar, que exaltou a qualidade técnica e política da delegação do país nas negociações do Acordo de Paris e na elaboração da regulamentação das diretrizes em curso na Conferência do Clima. De volta ao Brasil, a comissão de Mudanças Climáticas já iniciou os debates em torno de um dos temas da COP, durante uma audiência pública realizada para debater a produção de bioquerosene para aviação. Para o relator da comissão, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, o Brasil e outros países precisam pensar na produção do produto no menor tempo possível. (Fernando Bezerra) Tudo leva a crer que esse é o grande mercado que se abre para um país que tem a biodiversidade que foi apontada aqui pela Embrapa. (Repórter) Em 2017, a Conferência das Partes sobre o Clima será realizada em Bonn, na Alemanha.

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