Consultores do Senado avaliam que serão necessárias outras reformas para controlar contas públicas — Rádio Senado
Economia

Consultores do Senado avaliam que serão necessárias outras reformas para controlar contas públicas

Além da Emenda Constitucional que limita os gastos, o governo terá que fazer outras reformas para colocar as contas públicas em ordem. A avaliação é de consultores de orçamento do Senado que consideram insustentável o descontrole dos gastos e a redução de arrecadação nos últimos anos. O senador Ataídes Oliveira (PSDB – TO) acredita que no ano que vem o Brasil já poderá apresentar um crescimento econômico moderado. Mas o país terá que tomar várias medidas. Uma delas é, a partir do controle dos gastos, reduzir a taxa de juros com controle da inflação.

11/10/2016, 14h29 - ATUALIZADO EM 11/10/2016, 15h04
Duração de áudio: 02:03
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: ALÉM DA EMENDA CONSTITUCIONAL QUE LIMITA OS GASTOS, O GOVERNO TERÁ QUE FAZER OUTRAS REFORMAS PARA COLOCAR AS CONTAS PÚBLICAS EM ORDEM. LOC: A AVALIAÇÃO É DE CONSULTORES DE ORÇAMENTO DO SENADO QUE CONSIDERAM INSUSTENTÁVEL O DESCONTROLE DOS GASTOS E REDUÇÃO DE ARRECADAÇÃO NOS ÚLTIMOS ANOS. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Segundo consultores de orçamento no Senado Federal, a PEC 241, que limita os gastos públicos durante os próximos 20 anos, é apenas o primeiro passo para corrigir as contas públicas. Em agosto, o resultado de receitas menos despesas foi o pior da história – mais de 20 bilhões de reais. Até o fim do ano, a previsão é ficar no vermelho em mais de 170 bilhões. Isto sem contar o pagamento de juros e encargos das dívidas interna e externa. No ano que vem, a previsão é de que o total chegue perto de 80% do PIB. Um dos problemas é que as despesas, especialmente na previdência e seguro desemprego, cresceram muito mais do que as receitas. Para Luiz Fernando Perezino, consultor de OrçamentoS no Senado Federal, a PEC é necessária, mas representa apenas o início do ajuste das contas públicas. Ele afirmou que, para correção do problema, outras reformas são fundamentais. (Para Luiz Fernando Perezino) Com relação à previdenciária, não é preciso muito raciocínio para saber que nós estamos em um ponto insustentável. (Repórter) O senador Ataídes Oliveira, do PSDB de Tocantins, acredita que no ano que vem o Brasil já poderá apresentar um crescimento econômico moderado. Mas o país terá que tomar várias medidas. Uma delas é, a partir do controle dos gastos, reduzir a taxa de juros com controle da inflação. Outra medida necessária, segundo ele, seria acelerar a privatização de empresas públicas. Mesmo assim, os resultados ainda vão demorar um pouco a aparecer. (Ataídes Oliveira) Um déficit enorme que nós não vamos (...) suplantar do dia para noite. (Repórter) De acordo com projeções baseadas em dados do Banco Central, o Brasil só voltará a ter superávit primário usado para pagar juros e encargos da dívida a partir de 2019.

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