Conselho de Ética decide pela cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral — Rádio Senado
Conselho de Ética

Conselho de Ética decide pela cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral

03/05/2016, 20h52 - ATUALIZADO EM 03/05/2016, 20h52
Duração de áudio: 02:13
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) realiza reunião para apreciação do parecer da representação contra Delcídio do Amaral. 

Bancada: 
senadora Regina Sousa (PT-PI); 
senador João Capiberibe (PSB-AP); 
senador Dalírio Beber (PSDB-SC); 
senador Douglas Cintra (PTB-PE); 
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP); 
senador Lasier Martins (PDT-RS); 
senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: TREZE DOS 16 SENADORES MEMBROS DO CONSELHO DE ÉTICA DECIDIRAM PELA CASSAÇÃO DO MANDATO DO SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL, DE MATO GROSSO DO SUL. LOC: O PROCESSO SERÁ ANALISADO AGORA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E EM SEGUIDA PELO PLENARIO DO SENADO. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Ao ler o relatório final, o senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, apresentou seu voto favorável à cassação do mandato de Delcídio do Amaral alegando que o senador agiu em desacordo com o decoro parlamentar durante diálogo com o filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró. Na avaliação de Telmário, Delcídio comprometeu a imagem do Senado. (Telmário Mota) Quando um senador da república se propõe a auxiliar na fuga de um criminoso, a intervir no funcionamento de um tribunal ele não só atinge o decoro parlamentar como também macula a imagem do próprio Senado. O representado no entanto ignora os seus deveres institucionais e colocou os seus interesses privados em primeiro lugar. (Repórter) Doze senadores seguiram o voto do relator. Ao anunciar o voto, o senador amapaense Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade, um dos partidos que entrou com a representação no conselho contra Delcídio, afirmou que o senador utilizou o mandato para oferecer fuga a um réu. ( Randolfe Rodrigues) Fere o decoro parlamentar, porque foi oferecida vantagem para um criminoso que era réu em ação penal para evadir-se. Isso só poderia ser praticado com as vantagens e prerrogativas do cargo de senador da República. (Repórter) Apesar de ter o direito à defesa pessoal após a apresentação do relatório, o senador Delcídio do Amaral não compareceu à reunião. O advogado Antônio Augusto Bastos, que fez a defesa, reafirmou que o senador teve seu direito de defesa cerceado, pois se ausentou nos depoimentos por problemas de saúde. Antônio Augusto declarou ainda que Delcídio não foi ao encontro do filho de Cerveró na condição de senador. (Antônio Augusto Bastos) O senador Delcídio foi lá na condição não de senador. Foi na condição de amigo da família Cerveró e a pedido do verdadeiro interessado nessa trama. E que nós denunciamos aqui. O verdadeiro interessado não era o senador Delcídio. Porque sobre ele não recai a mácula da corrupção. (Repórter) O processo segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça que tem o prazo de até cinco sessões ordinárias para votar um relatório sobre o caso. A defesa de Delcídio disse que vai recorrer da decisão na CCJ.

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