Conselho de Ética adia votação do relatório contra Lindbergh Farias — Rádio Senado
Conselho de Ética

Conselho de Ética adia votação do relatório contra Lindbergh Farias

O presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), decidiu nesta quarta-feira (27) adiar a votação do relatório sobre a denúncia (DEN 2/2017) de quebra de decoro parlamentar contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). O relator Airton Sandoval (PMDB-SP) recomendou a instauração do processo disciplinar para apurar a conduta do petista. Sandoval acolheu parcialmente a denúncia do senador José Medeiros (PODE-MT) no que se refere à perturbação da ordem, mas rejeitou a acusação de desacato e ofensa. Para a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), a intenção da Lindbergh foi apenas obstruir a reunião que decidia sobre a punição de senadoras que ocuparam a mesa da presidência no Plenário da Casa para impedir a votação da Reforma Trabalhista.

27/09/2017, 18h18 - ATUALIZADO EM 27/09/2017, 20h00
Duração de áudio: 02:08
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) realiza reunião deliberativa para preciação do relatório sobre denúncia contra senador Lindbergh Farias. 

Mesa: 
vice-presidente da CEDP, senador Pedro Chaves (PSC-MS); 
presidente da CEDP, senador João Alberto Souza (PMDB-MA); 
senador Airton Sandoval (PMDB-SP) 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DO CONSELHO DE ÉTICA, SENADOR JOÃO ALBERTO SOUZA, DO PMDB DO MARANHÃO, DECIDIU ADIAR A VOTAÇÃO DO RELATÓRIO SOBRE A DENÚNCIA CONTRA LINDBERGH FARIAS LOC: O SENADOR PELO PT DO RIO DE JANEIRO É ACUSADO DE QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: Durante a reunião, o relator, senador Airton Sandoval, do PMDB de São Paulo, leu parecer sobre a denúncia protocolada contra o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. Citou no documento as ações de Lindbergh que, na avaliação dele, configuraram de fato perturbação da ordem. Ao recomendar a instauração do processo disciplinar para apurar a conduta do petista, Airton Sandoval se baseou em notas taquigráficas e vídeos da reunião em questão. Mas acolheu parcialmente a denúncia do senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, no que se refere à perturbação da ordem, rejeitando a denúncia por desacato e ofensas proferidas. (SANDOVAL) Constato haver indícios dessa prática. Dessa maneira entendo serem procedentes as informações apresentadas pela denúncia, opinando pela instauração do respectivo processo disciplinar. (Rep) As senadoras petistas Regina Sousa, do Piauí, e Gleisi Hoffmann, do Paraná, além de Lídice da Mata, do PSB da Bahia, pediram o arquivamento da denúncia, afirmando que o caso não justificaria a abertura de um processo disciplinar contra Lindbergh Farias. Lídice da Mata afirmou que, na ocasião, a intenção da Lindbergh foi apenas obstruir a reunião que decidia sobre a punição de senadoras que ocuparam a mesa da presidência no plenário da Casa para impedir a votação da Reforma Trabalhista. (LÍDICE) Obstruiu a sessão. A obstrução é um direito da minoria. É claro que nesse processo de obstrução às vezes se comete alguns excessos. Mas isso faz parte da luta política parlamentar, entre maiorias e minorias. (Rep) Na mesma linha, a senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, protestou contra a abertura de processo e pediu o adiamento da votação. Alegando falta de quórum, o presidente do colegiado decidiu, sob protestos de alguns senadores, encerrar a reunião e adiar a votação para a próxima semana. (JOÃO ALBERTO) Dou por encerrada a sessão e marco outra sessão pra terça-feira. (Rep) Caso o Conselho de Ética aprove o relatório de Airton Sandoval, o processo contra Lindbergh Farias será instaurado e o parlamentar terá direito a defesa e convocação de testemunhas. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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