Congresso aprova crédito extra de R$ 1,1 bilhão para pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique — Rádio Senado
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Congresso aprova crédito extra de R$ 1,1 bilhão para pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique

O Congresso Nacional aprovou o crédito extraordinário de R$ 1,1 bilhão para o Brasil pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique. Com vencimento no dia 8, os empréstimos do BNDES e do banco Credit Suisse tiveram o governo brasileiro como fiador. Ao citar o risco de o Brasil ficar inadimplente no sistema financeiro internacional, o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o governo vai reaver o dinheiro. Já a oposição criticou a retirada de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para o Fundo de Garantia à Exportação. O senador Paulo Rocha (PT-PA) argumentou que o governo tinha outras fontes, como as reservas internacionais.

03/05/2018, 00h19 - ATUALIZADO EM 03/05/2018, 00h19
Duração de áudio: 01:49
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação dos Projetos de Lei do Congresso Nacional nºs 8, 6 e 7 de 2018 e do Projeto de Resolução do Congresso Nacional nº 3 de 2017. 

À mesa, presidente do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) conduz sessão.

Participam à mesa:
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA); 
senador José Agripino (DEM-RN).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARA EVITAR INADIMPLÊNCIA DO BRASIL NO MERCADO INTERNACIONAL, CONGRESSO NACIONAL APROVA CRÉDITO EXTRA DE MAIS DE UM BILHÃO DE REAIS. LOC: O DINHEIRO SERÁ USADO PARA O PAGAMENTO DE EMPRÉSTIMOS DA VENEZUELA E DE MOÇAMBIQUE AVALIZADOS PELO GOVERNO BRASILEIRO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC:Para assegurar o pagamento ao BNDES e ao banco Credit Suisse no próximo dia 8, o Congresso Nacional aprovou o crédito extraordinário de R$ 1,1 bilhão. O montante será somado aos R$ 400 milhões, que já estão no Fundo de Garantia à Exportação, para o Brasil, na condição de fiador, saldar dívidas da Venezuela e de Moçambique. O líder do governo, senador Romero Jucá do PMDB de Roraima, ponderou que o Brasil corria o risco de ficar inadimplente junto ao sistema financeiro internacional. Ao citar que os empréstimos foram concedidos no governo do PT, Jucá explicou que o Brasil tentará reaver os recursos. (Jucá) O Brasil terá que pressionar a Venezuela, agir nos foros internacionais para cobrar esses recursos. Mas a verdade é que esse Fundo Garantidor garante esse trabalho de exportação e quando o País não paga, paga o País que garantiu. Essa é uma regra mundial. Mas infelizmente, quando foi dado o empréstimo não se teve o cuidado de se verificar a capacidade de pagamento da Venezuela e de Moçambique. REP: A oposição protestou contra o uso de recursos do seguro-desemprego e do abono salarial para o pagamento da dívida. O senador Paulo Rocha do PT do Pará argumentou que o governo deveria ter retirado o dinheiro de outras áreas. (Paulo) Pode colocar esse fundo em vulnerabilidade para poder não bancar esse período de desemprego do trabalhador. O trabalhador não pode pagar essa conta. Há dinheiro em outros lugares, por exemplo as reservas, que podem suprir esse tipo de dívida. REP: Essa garantia faz parte do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Associação Latino-Americana de Integração como forma de ajudar países com risco político ou econômico a importar bens e serviços dos vizinhos a fim de estimular a geração de emprego. Da RS, HC. PLN 8/2018

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