Desafios com mobilidade afetam saúde do cidadão nas grandes cidades — Rádio Senado
Audiência pública na CSF

Desafios com mobilidade afetam saúde do cidadão nas grandes cidades

A Comissão Senado do Futuro (CSF) debateu em audiência pública a qualidade de vida nas metrópoles. Os especialistas convidados para o debate apontaram o trânsito, a segurança, a moradia e o desemprego como os principais problemas das grandes cidades. O presidente da CSF, senador Hélio José (Pros-DF), ressaltou que o trânsito consome tempo dos trabalhadores e afeta a saúde física e mental das pessoas.

20/08/2018, 14h57 - ATUALIZADO EM 20/08/2018, 17h39
Duração de áudio: 02:26
Comissão Senado do Futuro (CSF) realiza audiência pública interativa para debater a qualidade de vida nas metrópoles.

Mesa:
professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), Frederico Flósculo;
professor do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Lúcio Remuzat Rennó Junior;
professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Isaac Roitman;
presidente da CSF, senador Hélio José (Pros-DF);
professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Aldo Paviani;
professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB), Gabriela de Souza Tenório.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: A QUALIDADE DE VIDA EM METRÓPOLES FOI DISCUTIDA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. LOC: ENTRE OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DAS GRANDES CIDADES, APONTADOS PELOS ESPECIALISTAS EM URBANSIMO, ESTÃO: TRÂNSITO, SEGURANÇA, MORADIA E DESEMPREGO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) O trânsito está entre os principais problemas dos grandes centros urbanos, disse o presidente da Comissão Senado do Futuro, senador Hélio José, do Pros do Distrito Federal. Para ele, o tempo gasto nos deslocamentos interfere na qualidade de vida das pessoas (Hélio José, 17”) “Esse cansaço, essa fadiga física e mental, é de uma pessoa ficar dentro de um ônibus três ou quatro horas de manhã e depois três ou quatro horas à tarde. A pessoa convive quase mais dentro do ônibus do que no local de trabalho ou na sua família para poder trabalhar. Esse é o maior problema das metrópoles”. (Rep): Para o professor emérito da Universidade de Brasília, Aldo Paviani, o desgaste no trânsito afeta a saúde da população. (Aldo Paviani) “Gastos e cansaço, eles sempre são levados em conta como pares siameses, sempre estão juntos nos setores que acaba afetando a saúde coletiva metropolitana”. (Repórter) A qualidade de vida nas cidades é uma questão subjetiva, destacou a professora de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, Gabriela Tenório. Ela disse, como exemplo, que a vida num bairro afastado pode ser ideal para um adulto, mas para um adolescente, que precisa estudar e usar transporte coletivo, pode ser péssimo. Escolher morar em cidades traz ônus e bônus, observou Gabriela Tenório. (Gabriela Tenório) “É muito complicado a gente desenhar cidades e fazer planejamento de cidades pensando na perspectiva individual. A gente tem que levar a coisa para o coletivo. Isso implica que a gente tem que aceitar o razoável. Ruído haverá, é cidade. Conflitos haverá, é cidade. Negociações a serem feitas com vizinhos haverá, é uma cidade!”. (Repórter) O professor de Arquitetura e Urbanismo da UnB, Frederico Flósculo, lamenta que Brasília, planejada para ser uma cidade modelo, tenha sido desconfigurada pelos sucessivos governos. (Frederico Flósculo) “As smarts cities que agora estão sendo discutidas no mundo são Brasília, elas é que são Brasília revisitada, no sentido de que são cidades que buscam o contato entre o meio ambiente de forma equilibrada e uma urbanidade efetivamente transparente, racional, que possa ser colocada ao cidadão em populações cada vez mais educadas”. (Repórter) Também participaram do debate o representante da União Planetária, Isaac Roitman, e o presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal, Codeplan, Lúcio Rennó Junior. RFF 22/2018

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