Em reunião de comissão, presidente do BB defende privatização — Rádio Senado
Covid-19

Em reunião de comissão, presidente do BB defende privatização

A Comissão Mista de Acompanhamento das Medidas de Combate à Covid-19 realizou uma audiência pública nesta segunda-feira (8) para debater as ações do Banco do Brasil no combate ao coronavírus. Segundo o Presidente do Banco, Rubem Novaes, foram disponibilizados mais de R$ 136 bilhões de crédito. Para a senadora Kátia Abreu (PP-TO), o valor é pequeno quando comparado ao emprestado por bancos privados. Rubem Novaes também defendeu a privatização do Banco do Brasil para se adequar à modernização do setor. A reportagem é de Marcella Cunha

08/06/2020, 15h47 - ATUALIZADO EM 08/06/2020, 16h11
Duração de áudio: 02:26
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Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DAS MEDIDAS DE COMBATE À COVID-19 OUVIU NESTA SEGUNDA-FEIRA O PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL, RUBEM NOVAES. LOC: ELE DEFENDEU A PRIVATIZAÇÃO DO BANCO E AFIRMOU QUE A DEMANDA POR CRÉDITO FOI BRUTAL, LEVANDO O SETOR PÚBLICO A TRABALHAR NO LIMITE. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: Segundo o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, desde meados de março, quando foi declarada a pandemia pela Organização Mundial da Saúde, foram desembolsados mais de 136 bilhões de reais de crédito para dar suporte à economia. Desses, 80 bilhões foram para empresas, 33 para pessoas físicas e 23 bilhões para o agronegócio. Para a senadora Kátia Abreu, do PP do Tocantins, os valores são baixos quando comparados com os empréstimos realizados por bancos privados, que seriam até 3 vezes maiores. (Katia) Por quê que os bancos privados estão emprestando mais do que o público, e contrário é que deveria ser verdadeiro, pelo menos sempre foi assim, para justificar a existência de banco público é exatamente ele ser mais ousado do que o privado. (REP) Segundo o Presidente do Banco do Brasil, o aumento da demanda por crédito foi brutal e o setor público já está trabalhando perto do limite. (Rubem) É impossível atender toda essa demanda, não há programa de governo que resolva isso. Enquanto a economia não poder voltar a funcionar e os empresários tiverem condição de lutar por sua sobrevivência voltar por meios próprios nós vamos ter essa sensação de insuficiência de socorro. (REP) Rubem Novaes também se disse favorável à privatização do Banco do Brasil. Segundo ele, a atividade bancária vai se transformar nos próximos anos e essa mudança seria dificultada pelo que chamou que amarras do setor público. A senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão, teme que a privatização leve à redução da concorrência e à concentração bancária. (Eliziane Gama) Por quê não, a partir do formato que temos hoje trabalharmos a modernização? 40% dos maiores bancos europeus eles são públicos. E aqui no Brasil se a gente pegar um dos maiores a gente vai ter uma ampla concentração bancária e automaticamente dificultando a vida do povo brasileiro. (REP) Segundo Rubem, o modelo defendido é o de ‘corporation’, Katia – Rubem – Eliziane - onde há um controle pulverizado da empresa. Sobre as ações relacionados à covid-19, ele destacou, ainda, que a atividade bancária é essencial e por isso o Banco do Brasil tem funcionado com 98% das agências abertas. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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