Comissão discutirá Reforma Tributária na próxima semana
A Comissão de Direitos Humanos (CDH) promove uma audiência pública na segunda-feira (10) para debater a proposta de Reforma Tributária Solidária. A ideia é aumentar a progressividade dos impostois, cobrando mais de quem ganha mais. O Senador Paulo Paim (PT-RS) defende que a proposta seja aprovada ainda neste ano, antes da Reforma da Previdência.
Transcrição
LOC: A PROPOSTA QUE DEVE SER APRESENTADA NA PRÓXIMA SEMANA, PASSA A RECOLHER MAIS IMPORTOS DE QUEM GANHA MAIS.
LOC:. O SENADOR PAULO PAIM QUE ESTÁ A FRENTE DA DISCUSSÃO AQUI NO SENADO DEFENDE A APROVAÇÃO DESSA REFORMA ANTES DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA.
Téc:. A Comissão de Direitos Humanos vai discutir em Audiência Pública a proposta de Reforma Tributária Solidária. Em linhas gerais, a intenção é reduzir os impostos sobre o consumo, ou seja, sobre os produtos que cada cidadão compra no supermercado, por exemplo, e aumentar a taxação sobre renda e patrimônio. Para o senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, o Senado tem adiado muito esse debate.
(Paulo Paim) Mas lembro aqui que há décadas sempre se fala de Reforma Tributária e nunca sai. Eu estou aqui há 32 anos, mas eu poderia iniciar o discurso que a quase 50 anos há pequenas “meias-solas”, mas reforma tributária mesmo não sai. Eu espero que agora saia.
(LOC) Paulo Paim defendeu que a Reforma Tributária seja aprovada antes da Reforma da Previdência. Para ele, essa é a melhor forma de reduzir as desigualdades sociais e ajudar o País a superar a crise financeira.
(Paulo Paim) A saída para essa crise gravíssima que passa o país, passa pela reforma tributária. Porque no Brasil quem ganha menos é que paga mais. Os produtos de primeira necessidade são os que têm a maior tributação. Vamos falar arroz, feijão. Enquanto que deveria ser o contrário. Que com a Reforma tributária solidária, nós vamos ter de fato mais investimento na sociedade, porque quem mais consome são os mais pobres.
(LOC). O projeto de reforma tributária solidária foi construído pelo Fisco Federal e Regional. O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, Floriano Martins de Sá, que representa o Fisco Federal destacou que o principal ajuste da proposta será na arrecadação do imposto de renda.
(Floriano) A gente vai incomodar muita gente! O que nós vamos fazer nesse movimento do importo de renda, que seria o primeiro. Uma reestruturação no Imposto de Renda da pessoa Física. Vamos desonerar quem ganha até 4 salários mínimos. O que é mais ou menos 13,5 milhões de contribuintes, não vão pagar mais Imposto de Renda. As demais estamos onerando menos e só vamos onerar a mais quem ganha acima de 40 salários mínimos de maneira progressiva.
(LOC) O tema será discutido na segunda-feira na CDH e no dia 13 na Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. Sob supervisão de Maurício de Santi, da Radio Senado José Odeveza.