Comissão discute nova legislação trabalhista e protestos na Hungria
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) discutiu a legislação que retira direitos dos trabalhadores húngaros. Em dezembro, a Hungria enfrentou protestos contra as mudanças na lei, que permitem que empresas exijam até quatrocentas horas extras por ano dos empregados. O governo alega que a medida é necessária para dinamizar a economia nacional. O presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTC-AL) disse que foi o maior protesto desde que as leis foram aprovadas pelo Parlamento. As vendas do varejo na Hungria cresceram 6% em 2018. Fernando Collor esclareceu o posicionamento ideológico do governo húngaro, considerado ultranacionalista. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: LEGISLAÇÃO QUE RETIRA DIREITOS DOS TRABALHADORES HÚNGAROS FOI DISCUTIDA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES.
LOC: O PRIMEIRO-MINISTRO DA HUNGRIA ENFRENTA PROTESTOS NO PAÍS, MAS ESTARÁ NA POSSE DE JAIR BOLSONARO. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
TÉC: Depois de protestos sociais tomarem as ruas de Paris, a Hungria também sofreu a fúria de manifestantes em dezembro. Cerca de 10 mil pessoas protestaram na capital Budapeste contra a nova legislação trabalhista adotada no país. Ela permite que empresas exijam até quatrocentas horas extras por ano dos empregados. Além disso, prevê que o pagamento por essas horas possa ser feito com três anos de atraso. Por isso os críticos chamaram a nova legislação de “lei dos escravos”. Os manifestantes marcharam em direção ao Parlamento e ao edifício da TV estatal húngara e criticaram a expulsão de dois parlamentares húngaros da emissora de televisão. Os dois políticos tentavam divulgar uma petição contra as novas leis. Durante reunião da Comissão de Relações Exteriores, o presidente do colegiado, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, destacou o tamanho dos protestos na Hungria.
(Fernando Collor) Foi o quarto e até então maior protesto desde que as leis foram aprovadas pelo Parlamento.
(Repórter) O governo alega que a nova legislação trabalhista é necessária para dinamizar a economia nacional. As vendas do varejo na Hungria cresceram 6% em 2018. Fernando Collor esclareceu o posicionamento ideológico do governo húngaro, considerado ultranacionalista.
(Fernando Collor) Como nós temos informações a respeito, é constituído por uma facção de extrema direita.
(Repórter) O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, confirmou presença na posse do presidente eleito Jair Bolsonaro. Da Rádio Senado, Floriano Filho.