Comissão debate crescimento do contrabando de defensivos agrícolas no Brasil

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LOC: O CONTRABANDO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS NO BRASIL FOI DISCUTIDO EM AUDIÊCIA PÚBLICA, NESTA QUARTA-FEIRA, NA COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA. LOC: REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO E DE ENTIDADES LIGADAS AO SETOR MOSTRARAM PREOCUPAÇÃO COM O AUMENTO DESSE TIPO DE CRIME, QUE SEGUNDO ELES TRAZ PREJUÍZOS À PRODUÇÃO NACIONAL. REPÓRTER CELSO CAVALCANTI: TÉC: O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Somente em 2018 a safra chegou a quase 230 milhões de toneladas, e a expectativa é que neste ano seja ainda maior. Para manter esses bons resultados, segundo o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, os produtores têm nos agrotóxicos uma matéria-prima importante. Nesse cenário, o contrabando de defensivos agrícolas tem aumentado no país. Por isso, Goulart defendeu a atual política do governo federal de ampliar a oferta desses produtos em território nacional. (CARLOS GOULART) Temos um cenário de enfrentar contrabando de um insumo para a produção agrícola. Produzir mais registros, zerar a fila para o produtor é baixar custo de produção. A gente não teria esse cenário de contrabando de agrotóxico se o cenário de oferta de produto fosse adequada. (REP) O presidente do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras, Luciano Stremel Barros, destacou que o contrabando de defensivos agrícolas se profissionalizou nos últimos dez anos. (LUCIANO STREMEL BARROS) Esse contrabando, até 2009, ele se dava muito...aquele pequeno agricultor ia lá, buscava na fronteira, levava no seu carro pequenininho, e ali usava na lavoura, hoje não, hoje é um crime altamente especializado as quadrilhas estão tomando por esse tipo de crime, e utilizam as mesmas rotas, o tráfico de drogas, o tráfico de armas. (REP) Para o senador Luis Carlos Heinze, do PP do Rio Grande do Sul, os produtores brasileiros levam desvantagem em relação aos de países vizinhos. E culpou a indústria por isso. (LUIS CARLOS HEINZE): Nós pegamos custos do Uruguai, da Argentina, do Paraguai, comparativamente com o RS: Um karate da Syngenta do Brasil vendido o mesmo produto 450% mais barato do que eu pago no RS. E eu não posso comprar esse produto lá. Se eu for comprar eu sou contrabandista. Glifosato: tem várias marcas no Brasil. 180% mais barato. (REP) Presidente da Comissão de Agricultura, a senadora Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, afirmou que o Brasil trabalha para garantir cada vez mais a competitividade à produção nacional, e destacou a importância da audiência pública. (SORAYA TRHONICKE): Tranquilizar o mercado externo acerca dos nossos produtos. Daquilo que eles importam. O Brasil será, ainda não é, mas será, o maior exportador de commodities, de alimentos, do mundo. E o que a gente quer informar para todo o planeta? Que nós temos condições de dar segurança para tudo o que importam do Brasil. (REP) Também participaram do debate sobre o contrabando de defensivos agrícolas representantes da indústria, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Da Rádio Senado, Celso Cavalcanti PROJETO: PLS 3832/2019