Comissão de Meio Ambiente debate descarte e reciclagem do lixo eletrônico no Brasil — Rádio Senado
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Comissão de Meio Ambiente debate descarte e reciclagem do lixo eletrônico no Brasil

A Comissão de Meio Ambiente debateu em audiência pública a reciclagem do lixo eletrônico com especialistas no setor e representantes de fabricantes para tentar pensar em novas formas de estimular o descarte apropriado dos rejeitos provenientes de aparelhos como notebooks, desktops, smartphones e tablets, por exemplo.

15/08/2019, 17h42 - ATUALIZADO EM 15/08/2019, 17h42
Duração de áudio: 02:38
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública interativa com o objetivo de debater a questão da reciclagem de lixos eletrônicos. 

Mesa: 
presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), Romulo Martins Nagib; 
presidente eventual da CMA, senador Confúcio Moura (MDB-RO); 
gestor de sustentabilidade da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Luis Carlos Ribeiro Machado. 

Bancada: 
senador Styvenson Valentim (Podemos-RN).

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: SOMENTE EM 2019, O BRASIL JÁ ATINGIU A MARCA DE 420 MILHÕES DE DISPOSITIVOS DIGITAIS, COMO SMARTPHONES, DESKTOPS E TABLETS, POR EXEMPLO. SÃO DOIS ITENS ELETRÔNICOS POR HABITANTE NO PAÍS, SEGUNDO A FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. LOC: E A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE REUNIU ESPECIALISTAS PARA TENTAR DESCOBRIR PARA ONDE VAI TODO ESSE LIXO ELETRÔNICO. A REPORTAGEM É DE RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: A estimativa é de que apenas 2 por cento do lixo eletrônico brasileiro seja descartado corretamente, apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos determinar a obrigatoriedade da reciclagem desse tipo de dejeto, inclusive prevendo multas e penalidades de reparação de danos ao meio ambiente, além de prisão para quem descumprir a regra. Mas para melhorar esse panorama, o presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB do Distrito Federal, Rômulo Martins Nagib, afirma que é preciso que seja efetivamente implantada a logística reversa, que é o retorno do produto usado do consumidor para o fornecedor. (RÔMULO) Esse tipo de resíduo sólido aumenta numa proporção quase geométrica no mundo hoje. É necessário que os estados se mobilizem para fim de gerenciar esse problema por meio de ações preventivas, estabelecimento de metas e principalmente aprimorando a coleta desse tipo de material, colocando em prática da forma mais abrangente possível o sistema de logística reversa. A sucata eletrônica possui mais de 20 tipos de componentes que podem ser extremamente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Rep: A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos defende que o setor vem tratando do assunto de forma intensa e que existem planos efetivos para o correto tratamento desse resíduo e já é possível contar com mais 5 mil pontos de coleta do material em todo o país. E o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, conta sobre a experiência inovadora no seu estado, que solucionou o problema com a troca dos produtos descartados por desconto na conta de luz. (GIRÃO) Lá existe um projeto que é referência e está sendo copiado em vários estados, projeto Ecoenel que troca lixo por desconto em energia elétrica. São centenas de famílias que tem a conta zerada. Rep: Estudos realizados pela Universidade das Nações Unidas revelam que, em 2016, foram produzidos 44 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo, ou seja, seis quilos por pessoa por ano. E grande parte desse rejeito é descartado de forma imprópria, trazendo riscos graves para o meio ambiente e para a saúde humana: somente 20 por cento de todo esse lixo é documentado, coletado e reciclado de forma apropriada. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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