Reforma tributária gera dúvidas sobre manutenção da seguridade social — Rádio Senado
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Reforma tributária gera dúvidas sobre manutenção da seguridade social

Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça, representante da Federação Nacional do Fisco Estadual (Fenafisco) manifestou preocupação com a possibilidade de que a reforma Tributária (PEC 110/2019) prejudique as políticas de seguridade social. A reportagem é de Raquel Teixeira.

29/08/2019, 17h47 - ATUALIZADO EM 29/08/2019, 18h13
Duração de áudio: 01:58
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública interativa para instruir a PEC 110/2019 que "altera o Sistema Tributário Nacional e dá outras providências". 

Mesa: 
diretor de Formação Sindical e Relações Intersindicais da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco), Francelino da Chagas Valença Júnior; 
presidente da Federação Nacional dos Auditores e Fiscais de Tributos Municipais (Fenafim), Célio Fernando de Souza Silva; 
supervisora do Núcleo Econômico da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Thalyta Alves; 
presidente em exercício da CCJ, senador Roberto Rocha (PSDB-MA); 
vice-presidente de Estudos e Assuntos Tributários da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Anfip), César Roxo Machado; 
presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) e secretário estadual da Fazenda do Piauí, Rafael Tajra Fonteles; 
consultor econômico da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Kleber Castro.

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DEBATE A REFORMA TRIBUTÁRIA COM AUDITORES FISCAIS. LOC: ESPECIALISTAS ALERTAM QUE PEC 110 SIMPLIFICA TRIBUTOS, MAS PREJUDICA A SEGURIDADE SOCIAL. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. TÉC: A Proposta de Emenda à Constituição da Reforma Tributária atende apelo social pela simplificação do sistema de impostos do país, com a cobrança centralizada em apenas uma tarifa de consumo, chamada de IVA – Imposto sobre Valor Adicionado. Mas especialistas afirmam que existem dois problemas: a PEC não ataca a regressividade do sistema tributário, o que aprofunda desigualdades sociais, e ainda implica na precarização do financiamento da Seguridade social. Para o representante da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil, ANFIP, César Roxo Machado, é possível melhorar o texto. (CÉSAR) É possível ter um sistema tributário mais justo, distribuição de renda mais equilibrada e ao mesmo tempo crescimento econômico, porque outros países ao longo da história demonstraram isso. O país tem que investir em educação e infraestrutura e adotar um sistema tributário em que as pessoas contribuem de acordo com as suas capacidades contributivas. Numa sociedade desigual é injusto fazer que todos contribuam da mesma forma. Rep: O senador Roberto Rocha, do PSDB do Maranhão, relator da reforma tributária, afirma que o grande desafio é atender aos interesses de toda a sociedade. (ROBERTO) É um desafio realmente muito grande tentar compatibilizar tantos interesses, do governo federal, dos governos estaduais, municipais e no privado tem indústria, comércio, serviços, cooperativa, servidor, enfim, passou da hora de fazer essa reforma. A gente pode até não fazer o ótimo, mas a gente quer fazer pelo menos o bom, a gente tem que dar um passo. Rep: A reforma também aborda a redução de alíquotas para remédios e comida, o que poderia provocar queda nos preços desses itens para o consumidor final. A matéria segue em análise pela Comissão de Constituição e Justiça e ainda deve ser discutida em outras audiências públicas antes da votação. Da Rádio Senado, Raquel Teixeira.

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