Comissão analisa incertezas na saída do Reino Unido da União Europeia — Rádio Senado
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Comissão analisa incertezas na saída do Reino Unido da União Europeia

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE), senador Fernando Collor (PTC – AL) comentou as dificuldades da primeira-ministra britânica, Theresa May, para levar o Brexit adiante. O referendo realizado em 2016 provocou uma crise política que até hoje o Reino Unido não conseguiu resolver.

18/12/2018, 13h00 - ATUALIZADO EM 18/12/2018, 13h30
Duração de áudio: 02:14
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES COMENTOU AS DIFICULDADES DA PRIMEIRA-MINISTRA BRITÂNICA PARA LEVAR O BREXIT ADIANTE. LOC: O REFERENDO REALIZADO EM 2016 PROVOCOU UMA CRISE POLÍTICA QUE ATÉ HOJE O REINO UNIDO NÃO CONSEGUIU RESOLVER. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: A primeira-ministra Theresa May deve colocar em votação no Parlamento britânico a saída do Reino Unido da União Europeia em meados de janeiro. Ainda que os outros europeus não concordem com a decisão dos ingleses de deixarem o bloco, uma lei britânica com base no referendo de 2016 garante a continuidade do processo. O fato da consulta popular ter apresentado uma diferença de apenas dois por cento causou uma divisão social e política no país. Theresa May conseguiu ganhar um tempo precioso depois de receber o voto de confiança do Parlamento. Uma moção de censura contra a primeira-ministra havia sido apresentada pelo líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, explicou que não foram só políticos da oposição que causaram dificuldades para a primeira-ministra. (Fernando Collor) O processo que deu início ao voto de não confiança foi a entrega, por membros conservadores do Parlamento britânico, de 48 cartas contestando a liderança de May no partido. (Repórter) Deputados da Irlanda do Norte têm garantido a Theresa May e aos seus aliados os votos necessários para a sustentação dos conservadores ainda fiéis. Personalidades políticas como o ex-primeiro ministro Toni Blair vêm defendendo a realização de um novo referendo. Mas essa possibilidade ou a troca da liderança partidária conservadora no Parlamento são descartadas pelo governo Theresa May, como lembrou Fernando Collor. (Fernando Collor) nas palavras dela, colocaria o Reino Unido em risco e criaria incertezas no momento em que menos podemos arcar com elas.. (Repórter) O início do Brexit está marcado para 29 de março. Theresa May assumiu o governo britânico após a renúncia de David Cameron em 2016. Se conseguir resistir às votações no Parlamento, o mandato dela como primeira-ministra terminará em 2021. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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