Collor vê ameaça de desestabilização nas Américas com bombardeiros russos na Venezuela — Rádio Senado
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Collor vê ameaça de desestabilização nas Américas com bombardeiros russos na Venezuela

Os dois bombardeiros nucleares da Rússia que chegaram na Venezuela esta semana ameaçam a estabilidade da região. A avaliação é do presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor (PTC-AL). O senador alagoano disse que que existe interesse por parte do governo russo no petróleo da Venezuela, que tem as maiores reservas do mundo. A reportagem é de Floriano Filho, da Rádio Senado.

14/12/2018, 13h04 - ATUALIZADO EM 14/12/2018, 13h04
Duração de áudio: 02:24
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES COMENTOU SOBRE AS PREOCUPAÇÕES COM A CHEGADA DE DOIS BOMBARDEIROS RUSSOS NA VENEZUELA. LOC: AS AERONAVES MILITARES TÊM CAPACIDADE PARA TRANSPORTE DE ARMAMENTO NUCLEAR. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Os dois bombardeiros da Rússia chegaram ao aeroporto de Maiquetía, na Venezuela, esta semana. Eles foram acompanhados por um avião de transporte e outro militar. O objetivo seria a realização de manobras militares no território venezuelano. As aeronaves modelo TU-160 são supersônicas e têm capacidade para transportar mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares, operando num raio de cerca de cinco mil quilômetros. Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, o ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino, teria garantido que os voos seguiram as normas internacionais e as manobras serviriam para fortalecer as defesas do território venezuelano. Fernando Collor afirmou que existe interesse por parte do governo russo no petróleo da Venezuela, que tem as maiores reservas do mundo. (Fernando Collor) Na última semana, o Presidente venezuelano Nicolás Maduro teria se reunido com o Presidente russo Vladimir Putin, em Moscou, oportunidade na qual a Rússia prometeu investir mais de US$6 bilhões no setor petrolífero venezuelano. (Repórter) Fernando Collor avaliou que esse tipo de cooperação militar ameaça a tradição de estabilidade pacífica na região. (Fernando Collor) A presença desses bombardeios com ogivas nucleares no território venezuelano, depois de ameaças que fez o líder norte-americano de uma eventual intervenção militar na Venezuela, isso reedita o clima de guerra fria que nós já vivenciamos, que gerou inúmeras tensões no mundo inteiro, criando muita instabilidade. (Repórter) O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, acusou publicamente o governo dos Estados Unidos de querer assassiná-lo e de pretender invadir o território venezuelano.

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