Collor destaca violação dos direitos humanos na Nicarágua — Rádio Senado
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Collor destaca violação dos direitos humanos na Nicarágua

O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) comentou a violação de direitos humanos na Nicarágua. Segundo o senador Fernando Collor (PTC-AL), a Associação Nicaraguense dos Direitos Humanos fechou temporariamente o escritório em Manágua após ameaças de morte sofridas pelos funcionários da instituição. Ainda segundo o senador, é difícil precisar o número de mortes no país por conta dos números discrepantes divulgados pelas diferentes agências.

13/08/2018, 12h55 - ATUALIZADO EM 13/08/2018, 18h27
Duração de áudio: 02:26
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADOR FERNANDO COLLOR COMENTOU FECHAMENTO DE ASSOCIAÇÃO DE DIREITOS HUMANOS NICARAGUENSE APÓS AUMENTO DA VIOLÊNCIA NO PAÍS DA AMÉRICA CENTRAL. LOC: O ASSUNTO FOI TRATADO NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A Associação Nicaraguense dos Direitos Humanos fechou temporariamente o escritório em Manágua, capital da Nicarágua. A decisão foi tomada após ameaças de morte sofridas pelos funcionários da instituição. A associação denunciava abusos de direitos humanos no país. Especialmente durante os últimos três meses de protestos contra a reforma da previdência proposta pelo governo socialista do presidente Daniel Ortega. As manifestações provocaram confrontos violentos com forças policiais, que já resultaram em cerca de 450 mortos de acordo com dados da instituição ameaçada. Mas segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, é difícil precisar o número de mortes no pequeno país da América Central. (Fernando Collor) O número de mortos nos confrontos dos últimos três meses é difícil de estimar, com diferentes agências divulgando números discrepantes. O Presidente nicaraguense Daniel Ortega havia acusado a Associação Nicaraguense para Direitos Humanos de inventar seus números, superiores às estimativas governamentais. (Repórter) O fechamento da associação ocorreu duas semanas depois que o Itamaraty confirmou a primeira morte de uma cidadã brasileira em Manágua, a estudante de medicina, Raynéia Gabrielle Lima, de 30 anos de idade. Fernando Collor informou que o ministério de Relações Exteriores chamou o embaixador brasileiro na Nicarágua para consultas. (Fernando Collor) Em nota, o Ministério das Relações Exteriores expressou profunda indignação com a trágica morte da estudante, voltando a condenar o aprofundamento da repressão no país e exortando as autoridades nicaraguenses a envidarem todos os esforços necessários para identificar e punir os responsáveis pelo ato criminoso. (Repórter) No dia 30 de julho, o governo Daniel Ortega havia informado 195 mortos nos protestos. Mas a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos, havia estimado em 317.

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