Collor diz que novo acordo comercial ainda precisa superar dificuldades — Rádio Senado
América do Norte

Collor diz que novo acordo comercial ainda precisa superar dificuldades

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) analisou o novo acordo comercial entre Estados Unidos, Canadá e México. Ele abrange mais de US$ 1 trilhão dentro do bloco comercial e prevê maior acesso de empresas dos Estados Unidos a setores como o de laticínios e de automóveis. O senador Fernando Collor (PTC-AL) acredita que a renovação política no Congresso estadunidense nas eleições de novembro gera dúvidas sobre a ratificação do acordo.

25/10/2018, 13h27 - ATUALIZADO EM 25/10/2018, 15h11
Duração de áudio: 02:14
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: MÉXICO E CANADÁ FIZERAM CONCESSÕES AOS ESTADOS UNIDOS COM A ASSINATURA DO NOVO ACORDO COMERCIAL NA AMÉRICA DO NORTE. LOC: A OPINIÃO É DO SENADOR FERNANDO COLLOR, QUE VÊ O RISCO DE O TRATADO NÃO SER CONFIRMADO PELO FUTURO CONGRESSO NORTE-AMERICANO. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) A Comissão de Relações Exteriores do Senado analisou o novo acordo comercial entre Estados Unidos, Canadá e México. Quando começar a ser implementado, este tratado vai substituir o Nafta, que estava em vigor desde 1994. O fim do Nafta era uma promessa de campanha do presidente Donald Trump. O tratado, que recebeu a última assinatura no fim de setembro, abrange mais de um trilhão de dólares dentro do bloco comercial. As novas regras, que entrarão totalmente em vigor a partir de 2023, caso os respectivos parlamentos ratifiquem, facilitam, por exemplo, o acesso de empresas dos Estados Unidos aos mercados canadenses de laticínios. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, destacou que outro setor também muito importante será o de automóveis. (Fernando Collor) Os carros (...) deverão ter pelo menos 70% do seu valor em peças e mão de obra provenientes da América do Norte para poderem atravessar suas fronteiras sem impostos. (Repórter) Analistas internacionais preveem dificuldades para a manutenção do acordo no longo prazo. Uma delas é o fato de o México e o Canadá não estarem protegidos das sobretaxas sobre o aço e o alumínio aplicadas pelos Estados Unidos alegando motivos de segurança nacional. Fernando Collor acredita que a renovação política no Congresso estadunidense também cria uma dúvida sobre a ratificação do acordo. (Fernando Collor) O maior obstáculo virá dos Estados Unidos, onde as eleições de meio mandato marcadas para o próximo dia 6 de novembro podem resultar em um Congresso contrário ao acordo. (Repórter) O comércio com os Estados Unidos representa um terço do PIB canadense e mais da metade do PIB mexicano.

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