Projeto proíbe venda de carro movido a combustíveis fósseis a partir de 2060 — Rádio Senado
Audiência pública

Projeto proíbe venda de carro movido a combustíveis fósseis a partir de 2060

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA) debate o Projeto de Lei do Senado (PLS 454/017), do senador Telmário Mota (PDT – RR), que dispõe sobre a proibição da comercialização de veículos movidos a combustão no país a partir de 2060, com o objetivo de reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. A audiência pública conta com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; do Ministério de Minas e Energia; da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE); da Associação Brasileira de Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa); da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Ciclomotores e Similares (ABRAFICS) e da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). As informações com a repórter Raquel Teixeira, da Rádio Senado. Ouça o áudio com mais informações.

Veja a íntegra da audiência pública aqui.

07/10/2019, 18h01 - ATUALIZADO EM 08/10/2019, 10h53
Duração de áudio: 02:06
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública interativa para instruir o PLS 454/2017, que pretende a vedação a comercialização e a circulação de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 2060. 

Mesa:
presidente eventual da CMA, senador Jean Paul Prates (PT-RN);
presidente da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Ciclomotores e Similares (Abrafics), Maurício Siqueira Francisco;
diretor Técnico da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Henry Joseph Jr.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DEBATE PROJETO QUE PROÍBE VENDA DE CARROS MOVIDOS A COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS A PARTIR DE 2060. LOC: O OBJETIVO É REDUZIR A EMISSÃO DE GASES POLUENTES NA ATMOSFERA. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA. (Repórter) A frota brasileira de veículos passou de cerca de 32 milhões, em 2001, para mais de 93 milhões, em 2016, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte. Esse crescimento no número de carros também provoca o aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera, e, consequentemente, o aquecimento global e o surgimento de mais casos de doenças respiratórias. O senador Jean Paul Prates, do PT do Rio Grande do Norte, afirma que o Brasil tem uma vantagem competitiva em relação à eficiência energética e que é preciso estudar o tema com calma. (Jean Paul Prates) Nós não temos absolutamente nenhum interesse em provocar uma transição energética rápida e sem estrutura quando nós estamos confortáveis do ponto de vista dos combustíveis que temos. Não podemos nos esquecer que além de ter pré-sal e ter cana, nós temos também a matriz energética mais limpa das grandes nações do mundo. (Repórter) Para o diretor da Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Ferreira Coelho, é preciso estimular a combinação de diferentes fontes de energia para diferentes usos. (José Mauro Ferreira Coelho) Acreditamos que os veículos elétricos puros tem uma participação importante em nichos de mercado, como frotas de táxis e de serviço público, serviços de entrega e de compartilhamento de veículos, sendo muito importante como alternativa para grandes centros urbanos, onde temos grande problema de poluição do ar e que afeta grandemente a saúde da nossa população. O futuro nos reserva uma combinação de motores mais eficientes, veículos elétricos e biocombustíveis. (Repórter) O PLS 454 de 2017 segue a tendência mundial pela proteção do meio ambiente: França e Reino Unido estabeleceram que até 2040 deixarão de ser vendidos carros novos a diesel ou gasolina. Na Áustria, essa medida poderá valer já a partir de 2020. A Noruega fixou o prazo até 2025 e a Holanda, até 2030.

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