CMA debate formas de barrar desertificação no país — Rádio Senado
Junho Verde

CMA debate formas de barrar desertificação no país

Como parte dos debates promovidos pela Comissão de Meio Ambiente com o “Junho Verde”, especialistas em Caatinga e Cerrado debateram formas de barrar o processo de desertificação no país. O uso da energia e da biodiversidade, além da conscientização mudanças na legislação foram temas apontados pelos convidados. Ouça mais detalhes na reportagem de Paula Groba, da Rádio Senado.

 

18/06/2019, 13h45 - ATUALIZADO EM 18/06/2019, 13h45
Duração de áudio: 02:08
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública interativa para debater o tema "Desertificação: balanço das políticas para melhor uso do solo brasileiro". 

Mesa: 
coordenador executivo da Associação Caatinga, Daniel Fernandes Costa; 
sócio da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento do Alto Pajeu (Ceralpa) e da Base Zero da Ecologia, José Artur de Barros Padilha; 
presidente eventual da CMA, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA); 
representante da Fundação Araripe, Francisco Campello.

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado
Jane de Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: COMO PARTE DOS DEBATES PROMOVIDOS PELA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE COM O “JUNHO VERDE”, ESPECIALISTAS EM CAATINGA E CERRADO DEBATERAM FORMAS DE BARRAR O PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO NO PAÍS. LOC: O USO DA ENERGIA E DA BIODIVERSIDADE, ALÉM DA CONSCIENTIZAÇÃO E MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO FORAM TEMAS APONTADOS PELOS CONVIDADOS. OUÇA MAIS DETALHES NA REPORTAGEM DE PAULA GROBA. (Repórter) A valorização dos biomas Caatinga e Cerrado e o uso estratégico economicamente de sua biodiversidade foram defendidos pelos convidados da audiência promovida pela Comissão de Meio Ambiente na semana em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca. O Coordenador Executivo da Associação Caatinga, Daniel Costa, citou a distribuição de fogões a lenha menos poluentes, o uso de cisternas de placas para captação de água da chuva e a criação de abelhas. (Daniel Costa) É um ciclo virtuoso. Pra que ele possa ter um retorno financeiro maior com a venda do Mel ele precisa manter a vegetação em pé por que vai aumentar de alimentação da Abelha e abelha faz o seu papel de polinização ela presta serviço ambiental. Ao invés de produzir carvão, desmatar a caatinga ele vai criar na abelha e tem uma geração de renda. (Repórter) José Padilha, da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento do Alto Pajeu, apresentou um sistema de captação de água do solo em regiões semiáridas por meio da gravidade. Para Francisco Campello, da Fundação Araripe, é preciso adaptar a legislação para que a burocracia não impeça a preservação ambiental nestes biomas. (Francisco Campello) O marco legal sobre o uso da floresta cria impedimentos. Ele passa por um processo burocrático tão severo que ele desiste e aí ele passa para o tradicional formato para um lugar onde o pasto não é a vocação então a gente tem esse desafio para o uso Sustentável da Caatinga e transformar isso dentro de uma leitura de uma economia verde. (Repórter) O presidente da CMA, Fabiano Contarato, da Rede Sustentabilidade do Espírito Santo, pediu que os convidados enviem sugestões de mudanças nas Leis vigentes para priorizar a preservação e recuperação desses biomas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o fenômeno da desertificação atinge, de forma grave, cerca de 10% da região semiárida brasileira. Em mensagem pelo Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo perde anualmente 24 bilhões de toneladas de terra fértil.

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