Ex-diretor do Inpe diz que destruição na Amazônia é alarmante — Rádio Senado
Audiência pública

Ex-diretor do Inpe diz que destruição na Amazônia é alarmante

Os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre os desmatamentos na Amazônia foram assunto de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA). O diretor exonerado do Instituto, Ricardo Osório Galvão, esclareceu os dados apresentados em agosto pelo Inpe, que foram chamados de mentirosos pelo presidente Jair Bolsonaro. O trabalho feito pelo Instituto foi elogiado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA).

 

Veja a íntegra da audiência pública aqui

24/09/2019, 18h01 - ATUALIZADO EM 24/09/2019, 21h22
Duração de áudio: 01:54
Comissão de Meio Ambiente (CMA) realiza audiência pública para tratar sobre a importância dos dados providos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento da Amazônia para ações de fiscalização do Ministério do Meio Ambiente, bem como dos riscos e consequências de perda de autonomia e liberdade científica na produção de estudos de sensoriamento remoto perante a comunidade internacional.

Mesa:
professor-titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (Ifusp), Ricardo Magnus Osório Galvão;
vice-presidente da CMA, senador Jaques Wagner (PT-BA).

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS DADOS DO INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, INPE, SOBRE O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA FORAM TEMA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO. LOC: A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO INPE FOI O FOCO DA DISCUSSÃO. REPORTAGEM DE LÍVIA TORRES: (Repórter) A Comissão de Meio Ambiente do Senado convidou Osório Galvão, diretor que foi exonerado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, para participar da audiência pública. O Inpe divulgou mês passado que o desmatamento na Amazônia cresceu 278% em relação ao ano passado, mas o trabalho do Instituto foi desmentido pelo governo. Osório Galvão esclareceu que o cenário de destruição da floresta é mesmo alarmante: (Osório Galvão) “Se nós desmatarmos cerca de 25% a 40% da Amazônia o número varia um pouco de estudo para estudo, a Amazônia Total não da sua brasileira toda, a tendência para saber savanização da área é irreversível. Então, nós já estamos quase 20% da nossa. As ações são preocupantes, tem que lembrar que a Amazônia é responsável por todo o regime de chuva do Brasil e vai até a Argentina, além de biodiversidade, além de várias outras importâncias que tem para a humanidade como um todo” (Repórter) O senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, criticou o discurso que o presidente Jair Bolsonaro fez na ONU sobre a Amazônia. Jacques Wagner defendeu que o desenvolvimento econômico deve andar junto à preservação do meio ambiente: (Jacques Wagner) “O presidente da república tava na abertura das Nações Unidas, a Assembleia Geral e foram várias as manifestações a um reconhecimento quase que mundial daquilo que ocorre por alguns que querem uma dicotomia, na minha opinião inexistente, uma contradição entre desenvolvimento e sustentabilidade. Acho que o mundo moderno tudo pugna por um desenvolvimento onde tenha se sustentabilidade social e ambiental” (Repórter) Jaques Wagner, que solicitou a audiência pública, elogiou o trabalho científico do Inpe por tirar do obscurantismo a situação da Amazônia.

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