CE debate escola integral para o ensino fundamental da rede pública — Rádio Senado
Audiência pública

CE debate escola integral para o ensino fundamental da rede pública

Escola integral para todas as crianças do ensino fundamental na rede pública. A medida (PLS 255/2014), que aguarda votação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE), foi debatida pelos senadores nesta quarta-feira (09). O relator, senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, disse que o Plano Nacional de Educação avançou na questão da educação integral, mas colocou uma meta muito tímida. Para Cristovam, a educação integral contribuirá não só para a melhoria do desempenho escolar, como dará mais proteção social para crianças e adolescentes.

09/03/2016, 13h49 - ATUALIZADO EM 09/03/2016, 13h58
Duração de áudio: 02:03
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza audiência pública interativa para debater projeto que institui a escola de tempo integral no ensino fundamental (PLS 255/2014). Entre os convidados, representantes do MEC, da CNTE, do Inep e Consed. 

Mesa (E/D): 
secretário executivo de Educação Profissional de Pernambuco do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Paulo Dutra; 
reitor do Centro Universitário Cesumar (Unicesumar), Wilson Matos; 
presidente eventual da CE, senador Donizeti Nogueira (PT-TO); 
secretário municipal de Educação de Palmas (TO), Danilo de Melo Souza 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESCOLA INTEGRAL PARA TODAS AS CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA. LOC: A MEDIDA, QUE AGUARDA VOTAÇÃO NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, FOI DEBATIDA PELOS SENADORES NESTA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER NARA FERREIRA: (Repórter) A proposta modifica o Plano Nacional de Educação, de 2014. Determina que a carga horária mínima de 1.400 horas letivas anuais seja adotada gradativamente até abranger todo o ensino fundamental em 2024. O projeto foi apresentado pelo ex-senador Wilson Matos, do PSDB do Paraná, hoje reitor do Centro Universitário Cesumar. O texto prevê também mais aulas de português, matemática e ciências, e a possibilidade de atividades pedagógicas desenvolvidas por universitários e outros profissionais do magistério. Na audiência, Wilson Matos considerou o pouco tempo que o estudante passa na escola como um dos motivos do atraso educacional no Brasil. Para ele, a escola de tempo integral deverá ter um grande impacto na melhoria da qualidade do ensino. (Wilson Matos) Mais da metade dos alunos que terminam o quinto ano não tem domínio de matemática e língua portuguesa, no nono ano ainda é mais drástico, só 16 por cento tem domínio em matemática e 28 por cento domínio de língua portuguesa, por isso ao chegar a universidade, mais de 50% do aluno é analfabeto funcional, lê mas não consegue entender o que está lendo. (Repórter) O relator, senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, disse que o Plano Nacional de Educação avançou na questão da educação integral, mas colocou uma meta muito tímida. (Cristovam Buarque) Avanço houve mas de uma timidez que ameaça o Brasil, quando comparado com outros países, o avanço que fazemos é mais devagar que a velocidade da exigência de mais educação. (Repórter) Para Cristovam, a educação integral contribuirá não só para a melhoria do desempenho escolar, como dará mais proteção social para crianças e adolescentes. Também participaram da audiência representantes do MEC, da Confederação dos Trabalhadores em Educação e de outras entidades ligadas ao tema. (PLS 255/2014)

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