CDR debate o plano nacional de saneamento básico — Rádio Senado
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CDR debate o plano nacional de saneamento básico

17/11/2015, 13h25 - ATUALIZADO EM 17/11/2015, 13h59
Duração de áudio: 02:12
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO PROMOVEU A QUARTA E ÚLTIMA AUDIÊNCIA SOBRE O PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO. ESSE FOI O TEMA ESCOLHIDO PELA COMISSÃO PARA AVALIAÇÃO DE POLÍTICA PÚBLICA ESTE ANO. LOC: OS ESPECIALISTAS CONVIDADOS AFIRMARAM QUE É PRECISO REVER O MODELO DE PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO, AUMENTAR A FISCALIZAÇÃO DAS OBRAS E MONITORAR A IMPLANTAÇÃO DO PLANO. REPÓRTER NARA FERREIRA: TEC(Repórter) O Plano Nacional de Saneamento Básico estabelece o planejamento integrado desse serviço no País com quatro componentes: abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais urbanas. Luiz Roberto Santos Moraes, professor da Universidade Federal da Bahia, ressaltou que saneamento básico é um direito social e deve ser encarado como um serviço de promoção à saúde, de proteção ambiental, de infraestrutura urbana e cidadania. Segundo ele, somente 40 por cento das cidades no País têm planos municipais de saneamento e muitos não são implementados. O professor defende que seja revista a política de privatização e elogiou a escolha do tema para a Campanha da Fraternidade de 2016 da CNBB: (LUIZ ROBERTO) Vai ser uma oportunidade de dar visibilidade para a sociedade brasileira em relação à questão do saneamento básico e preparar para 2018, quando vai acontecer em Brasília o Fórum Mundial da Água, em que multinacionais e empresas brasileiras vão disputar o mercado da água aqui no Brasil. (Repórter) Arilson Wunsch, diretor da Federação Nacional dos Urbanitários, sugeriu a criação do Fundo Nacional de Saneamento para garantir recursos para o Plansab. Ele criticou a privatização do setor. (ARILSON) No serviço de água público quando sobra algum dinheiro, quando dá algum lucro, que não é para dar lucro, é investido em saúde educação na própria companhia. O privado não, ele chega, tira da sua cidade, e coloca em contas na Suíça, aplica nos Estados Unidos em qualquer lugar desse mundo menos na sua cidade. Viemos fazer a defesa sim, da água e esgoto como público. (Repórter) O relator, senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, lembrou que só dez por cento de Macapá tem rede de saneamento básico. (RANDOLFE) Ao que parece a visão privatista que tem estado em vigor em avaliação nos últimos anos, para garantir saneamento básico principalmente nas regiões mais pobres do país, tem fracassado. (Repórter) Randolfe Rodrigues deve apresentar ainda este ano à Comissão o relatório com a avaliação sobre saneamento no País. Da Rádio Senado Nara Ferreira.

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