Senadores dizem que fundo do Centro-Oeste está nas mãos de quem não precisa — Rádio Senado
Audiência pública

Senadores dizem que fundo do Centro-Oeste está nas mãos de quem não precisa

Em audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), senadores criticaram a distribuição de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, gerido pelo Banco do Brasil. Eles pediram redução da burocracia para os pequenos negócios e defenderam uma mudança no plano de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.

28/08/2019, 13h10 - ATUALIZADO EM 28/08/2019, 14h38
Duração de áudio: 02:09
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) realiza audiência pública interativa para debater as ações da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para os próximos dois anos. 

Mesa: 
presidente do Banco do Nordeste (BNB), Romildo Carneiro Rolim; 
presidente da CDR, senador Izalci (PSDB-DF); 
superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Nelson Vieira Fraga Filho; 
gerente-executivo da Diretoria de Governo do Banco do Brasil, Emmanoel Schmidt Rondon.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL AS AÇÕES DA SUPERINTENDÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DO CENTRO-OESTE PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS. LOC: SENADORES QUESTIONARAM BUROCRACIA PARA A CONCESSÃO DO CRÉDITO DE DESELVOLVIMENTO EMPRESARIAL DA REGIÃO PARA PEQUENOS NEGÓCIOS. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA. (Repórter) Senadores criticaram a atuação burocrática do Banco do Brasil na concessão de crédito empresarial pelo Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste. Criado em 2009 pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, o fundo está vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional. O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, sugeriu a adoção de medidas que garantam a liberação de mais dinheiro para pequenos negócios e startups, ou empresas inovadoras, da região. (Izalci Lucas) A gente precisa buscar uma solução para isso. Seja tirando essa responsabilidade total do banco, seja criando um fundo garantidor das operações, ou seja, diminuindo as cláusulas de risco que têm no contrato. Nós temos que achar uma solução para que as empresas, principalmente as novas empresas, startups, as microempresas possam ser financiadas com fundo. Não tem sentido o banco só financiar para quem não precisa! (Repórter) O senador Jayme Campos, do Democratas de Mato Grosso, defendeu que outros bancos, a exemplo de cooperativas, possam fazer esse empréstimo. (Jayme Campos) Esse recurso está no Banco do Brasil? Vamos descentralizar! Está aí o Sicredi da vida, o Sicoob da vida, a Caixa Econômica Federal. Nós temos que descentralizar e facilitar as operações de crédito. São poucas as cidades do Mato Grosso que têm uma agência do Banco Brasil. Mas você vai ter um Sicredi lá. São cooperativas e sólidas, não vai dar nenhum tombo no Banco do Brasil. (Repórter) O superintendente do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Nelson Vieira, disse que são poucos os recursos do Fundo. Por isso, sugeriu que os projetos em busca de financiamento não dependam totalmente desse dinheiro. (Nelson Vieira) O objetivo de você conseguir fazer um modelo negócio onde você propõe recursos para financiar a atividade produtiva. É você ter investimento que você não precisa financiar 100%. Pode financiar 20% e o setor vem com 80%. Então, isso agrega. É recurso que agrega produtividade e emprego. (Repórter) Em comparação com 2018, houve uma redução de 36% do orçamento do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, que passou de R$ 107 milhões para R$ 67 milhões.

Ao vivo
00:0000:00