Comissão aponta alto risco de rompimento em mais de 700 barragens — Rádio Senado
Relatório

Comissão aponta alto risco de rompimento em mais de 700 barragens

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) lançou nesta quarta-feira (13) o relatório sobre a Política Nacional de Segurança de Barragens, avaliação feita pela comissão em 2018. O documento informa que existem 24.092 barragens cadastradas. Destas, cerca de 700 correm alto risco de rompimento. O relator, senador Elmano Férrer (PODE-PI), alertou sobre a necessidade de investimento em manutenção e fiscalização para evitar tragédias como a da Vale e da Samarco, em Minas Gerais. O presidente da CDR, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, defendeu investimentos em tecnologias para fiscalização por georreferenciamento. O documento será enviado a órgãos federais e estaduais. Reportagem, Iara Farias Borges.

13/03/2019, 12h52 - ATUALIZADO EM 13/03/2019, 13h22
Duração de áudio: 02:08
Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) durante lançamento do relatório sobre a Política Nacional de Segurança de Barragens.

Mesa:
presidente da CDR, senador Izalci (PSDB-DF);
relator da Política Pública, senador Elmano Férrer (Pode-PI).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: POR FALTA PLANEJAMENTO E DE FISCALIZAÇÃO, CERCA DE 700 BARRAGENS DO PAÍS CORREM ALTO RISCO DE SE ROMPEREM. LOC: O ALERTA CONSTA DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE SEGURANÇA DE BARRAGENS DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. (Repórter) O relatório é resultado da avaliação da Política Nacional de Segurança de Barragens do Executivo, feita em 2018, pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo. Segundo o documento, das 24 mil barragens cadastradas, mais de três mil e quinhentas foram classificadas como de risco; quase cinco mil e quinhentas de dano potencial; e 723 nas duas categorias, ou seja, apresentam alto risco de se romperem. O relator, senador Elmano Férrer, do Podemos do Piauí, observou que apesar de oficialmente existirem cerca de 24 mil barragens, o número passa de 70 mil. Para ele, é preciso investir em manutenção e fiscalização para evitar tragédias como as da Vale e da Samarco, em Minas Gerais. (Elmano Férrer) “Há a catástrofe e aí o Governo se faz presente. Ou seja, não há medidas de planejamento que prevejam essas catástrofes. O Rio Doce deixou de ser doce; os danos vão ficar por vários séculos. Mas aquilo não sensibilizou os governos, as autoridades. Está no esquecimento. Foi preciso uma outra Mariana, com a dimensão humana, quer dizer, com vítimas que ainda hoje estão soterradas”. (Repórter) O presidente da CDR, senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, sugeriu investimento em tecnologias para fiscalização por equipamentos. (Izalci Lucas) “O governo ainda está analógico, nós ainda somos uma geração analógica na gestão pública. E hoje nós temos tecnologia mais do que suficiente para fazer toda essa fiscalização georreferenciada, com equipamentos eletrônicos. Então, é questão mesmo de interesse de investir nisso”. (Repórter) O documento sobre segurança de barragens será enviado a órgãos federais e estaduais, como o Ministério de Desenvolvimento Regional e Meio ambiente, a Agência Nacional de Águas, o Tribunal de Contas da União e os Ministérios Públicos federal e estaduais.

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