CDH discute impacto de irregularidades em fundos de pensão — Rádio Senado
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CDH discute impacto de irregularidades em fundos de pensão

As irregularidades encontradas em fundos de pensão foram debatidas na Comissão de Direitos Humanos nesta quarta-feira (12). A representante dos participantes da Funcef pediu a criação de uma Força Tarefa para investigar esse tipo de crime. Já o representante da Previ, a previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil, disse que os gestores não podem ser culpados pelos investimentos que não deram o retorno esperado.  O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) defendeu uma alternativa para recompor o déficit dos fundos de pensão que não prejudique apenas os segurados. A reportagem é de Marcella Cunha

12/06/2019, 19h46 - ATUALIZADO EM 12/06/2019, 19h46
Duração de áudio: 02:23
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa para tratar sobre "As irregularidades nos Fundos de Pensão e como garantir maior efetividade e transparência à sua gestão".

Mesa:
diretora da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), Claudia Muinhos Ricaldoni;
diretor de Seguridade da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), Marcel Juviniano Barros;
diretor de Administração da Fundação Caixa Econômica Federal (Funcef), Antonio Augusto de Miranda e Souza;
presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
autor do requerimento, senador Alessandro Vieira (PPS-SE).

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA AS IRREGULARIDADE EM FUNDOS DE PENSÃO COMO FUNCEF E PETROS. LOC: DIVERSAS MEDIDAS PARA GARANTIR MAIOR EFETIVIDADE E TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DOS FUNDOS FORAM PROPOSTAS PELOS PARTICIPANTES. REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA TÉC: A representante da Funcef, fundo de previdência complementar dos funcionários da Caixa, Giocoeli Reis, defendeu a criação de uma Força Tarefa na Polícia Federal para investigar exclusivamente crimes em fundos de pensão. Ela também pediu que os senadores trabalhem pelo fortalecimento da Operação Greenfield, deflagrada em 2016 para tratar de desvios em fundos de pensão, bancos públicos e estatais. Já o representante da SOS Petros, Philipe Britto, apresentou a situação dos beneficiários do fundo de pensão da Petrobrás. (Philipe – 18”): Atuo com diversos petroleiros aposentados e ativos que depois de 30, 35, 40 anos de trabalho junto à Petrobras, jamais pensaram em passar por isso. Os descontos são tão extorsivos, tão graves, que recentemente tive acesso a contracheques que o trabalhador recebeu R$ 12 líquido. (REP) O representante da Previ, a previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil, Marcel Juviniano, saiu em defesa dos gestores de fundos complementares. Ele lembrou que a maioria dos fundos que apresentaram irregularidades tinham a gestão terceirizada. (Marcel): Vou falar pelos gestores da Previ pelos quais eu posso dizer que são inocentes. Porque foram lá, analisaram quais eram as possibilidades da economia naquele momento, e fizeram investimento. Quando viram que tava errado, foram lá e denunciaram e fizeram mudar. Aí você mata a pessoa que vem te dá notícia?. (REP) Autor do requerimento para a realização da audiência, o senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, disse que irá buscar junto ao Governo uma alternativa para recompor o déficit dos fundos de pensão que não prejudique apenas os segurados. (Alessandro): Você não pode ter apenas a atribuição dessa responsabilidade ao segurado, uma vez que ele não tinha o poder de tomada de decisão. As patrocinadoras deveriam arcar com o custo de buscar a reparação através das ações. Então eu já antecipo essa iniciativa que será conjunta certamente de vários senadores para buscar junto ao governo essa alternativa de composição, porque essa sistemática que está sendo implantada hoje ela vitimiza quem era vítima. (Rep): A senadora Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, propôs a realização de uma nova audiência pública, para que sejam ouvidos os presidentes da Caixa Econômica e da Funcef. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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