CCJ pode votar projeto que destina parte do valor de multas de trânsito para a saúde — Rádio Senado
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CCJ pode votar projeto que destina parte do valor de multas de trânsito para a saúde

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ) pode votar uma proposta que destina trinta por cento da receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito ao Sistema Único de Saúde (SUS). O PLS 426/2012, de autoria do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), recebeu algumas modificações feitas pela relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Entre outros pontos, a matéria determina que o valor arrecadado com as multas só deverá ser usado como uma fonte alternativa, e não para atender a exigência constitucional de aplicação de um percentual mínimo na saúde, como explica a senadora Marta Suplicy. “Nós queremos um dinheiro a mais para a saúde, e isso é exatamente o que nós vamos conseguir”.

20/02/2018, 20h24 - ATUALIZADO EM 20/02/2018, 21h20
Duração de áudio: 01:35
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza reunião com 31 itens na pauta. Entre eles, PLS 186/2014, que regulamenta a exploração dos jogos de azar.
 
À mesa, vice-presidente da CCJ, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG).

Bancada:
senador Lasier Martins (PSD-RS);
senadora Simone Tebet (PMDB-MS);
senadora Ana Amélia (PP-RS);
senador José Pimentel (PT-CE);
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP);
senador Armando Monteiro (PTB-PE).

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PODE VOTAR UMA PROPOSTA QUE DESTINA PARTE DO VALOR ARRECADADO COM MULTAS DE TRÂNSITO PARA A SAÚDE. LOC2: CASO APROVADO, O TEXTO SEGUIRÁ PARA A CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER MARCIANA ALVES. TEC: O projeto do senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, propõe que trinta por cento do valor arrecadado com multas de trânsito seja usado na saúde. Favorável à proposta, a relatora na Comissão de Constituição e Justiça, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, fez algumas modificações no texto. Uma delas prevê que os recursos devem representar apenas um acréscimo aos investimentos obrigatórios na área da saúde. Sendo assim, a arrecadação não pode ser considerada para atender a exigência constitucional de aplicação de um percentual mínimo na saúde, como explicou a senadora: (Marta Suplicy) Como eu disse, não adiantaria muita coisa... a gente tiraria de um para colocar no outro, e a gente quer um dinheiro a mais para a saúde, e isso é exatamente o que nós vamos conseguir. (REP) Outra mudança feita pela relatora foi a exclusão de uma emenda, antes aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais, que destinava uma parte do valor arrecadado com as multas para de trânsito para o Fundo Nacional de Saúde. Para a senadora Marta Suplicy, a medida fere um dos princípios da Lei do SUS, que é a descentralização político-administrativa. (Marta Suplicy) “E esse recurso, que seria uma fonte alternativa, seria creditado diretamente em contas especiais na esfera de poder onde foram arrecadados. Isso é muito importante, por exemplo, o recurso que foi arrecadado em Brasília, fica em Brasília, e assim por diante”. (REP) O texto pode ser votado na CCJ, e caso aprovado segue direto para análise da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marciana Alves.

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