CCJ pode votar proposta que dá aos transgêneros proteção da Lei Maria da Penha
A Comissão de Constituição e Justiça pode votar na quarta-feira alterações na Lei Maria da Penha para possibilitar o monitoramento eletrônico (PLS 288/2018) e simplificar a decretação de medidas protetivas de urgência (PLS 137/2018). A CCJ pode assegurar ainda os mesmos direitos das mulheres aos transgêneros (PLS 191/2017). Para a senadora Rose de Freitas (Pode-ES), os projetos têm o objetivo de proteger as camadas mais vulneráveis da sociedade. Repórter Bruno Lourenço, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA PODE VOTAR NA QUARTA-FEIRA ALTERAÇÕES NA LEI MARIA DA PENHA PARA POSSIBILITAR O MONITORAMENTO ELETRÔNICO E SIMPLIFICAR A DECRETAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA.
LOC: A CCJ PODE ASSEGURAR AINDA AS MESMAS PROTEÇÕES DAS MULHERES AOS TRANSGÊNEROS. OS DETALHES COM O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: São três propostas. Uma delas muda a Lei Maria da Penha para proteger não apenas as mulheres nascidas com o sexo feminino, mas também as pessoas que se identificam como sendo do gênero feminino, como é o caso de transexuais e transgêneros. A relatora, Rose de Freitas, do Podemos do Espírito Santo, lembra que a Justiça já vem aplicando essa interpretação, e cabe ao Legislativo acompanhar as mudanças na sociedade.
(Rose de Freitas): A jurisprudência tem afirmativamente promovido socialmente a proteção de diversos segmentos sociais, já que o processo legislativo [no caso, o nosso] não acompanha a evolução social e a realidade que se apresenta na mesma velocidade.
(Repórter): Rose de Freitas também é a relatora de projeto de lei que permite que defensores públicos, autoridades policiais ou membros do Ministério Público decretem medidas emergenciais para a proteção de vítimas de violência doméstica ou abuso sexual. Hoje, apenas o juiz tem esse poder. A proposta diz que as medidas devem ser analisadas em até 24 horas por um juiz, como ressaltou Rose de Freitas.
(Rose de Freitas): Eu considero extremamente conveniente e oportuna, no momento em que nós estamos discutindo a questão da violência. A violência que é implícita sobre a mulher, sobre o menor e o idoso.
(Repórter): Outra alteração na Lei Maria da Penha que pode ser votada na Comissão de Constituição e Justiça inclui o monitoramento eletrônico como forma de assegurar o respeito ao limite mínimo de distância entre agressor e a residência da ofendida.
PLS 137/2018,
PLS 288/2018 e
PLS 191/2017