CCJ pode sabatinar indicada para PGR antes do recesso parlamentar — Rádio Senado
Ministério Público

CCJ pode sabatinar indicada para PGR antes do recesso parlamentar

O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), senador Edison Lobão (PMDB – MA), diz que sabatina de indicada para a Procuradoria Geral da República pode ocorrer antes do recesso parlamentar. A oposição critica o fato de Michel Temer não ter escolhido o primeiro nome da lista tríplice apresentada pelos integrantes do Ministério Público. A senadora Fátima Bezerra  (PT – RN) considera que a escolha do segundo nome foi uma retaliação a Rodrigo Janot pela denúncia contra o presidente da República. O senador Edison Lobão argumentou que Temer tem a prerrogativa de escolher qualquer nome para a PGR.

29/06/2017, 02h23 - ATUALIZADO EM 29/06/2017, 10h13
Duração de áudio: 02:01
Antonio Cruz/Agência Brasil

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DIZ QUE SABATINA DE INDICADA PARA A PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA PODE OCORRER ANTES DO RECESSO. LOC: OPOSIÇÃO CRITICA O FATO DE MICHEL TEMER NÃO TER ESCOLHIDO O PRIMEIRO NOME DA LISTA TRÍPLICE APRESENTADA PELOS INTEGRANTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Oficializada a indicação da subprocuradora Raquel Dodge para a Procuradoria Geral da República, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Edison Lobão do PMDB do Maranhão, disse que a sabatina ocorrerá até a segunda semana de julho. Ele já deverá nomear um relator para analisar a escolha da substituta de Rodrigo Janot, que deixará o comando do Ministério Público Federal em setembro. Raquel Dodge já foi recebida pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira, que explicou o processo da sabatina. A oposição, no entanto, criticou o fato de Michel Temer ter descumprido a tradição desde o governo Lula de indicar o primeiro nome da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República com os mais votados pela categoria. Ao destacar que não se trata de demérito de Raquel Dodge, a senadora Fátima Bezerra do PT do Rio Grande do Norte considera que a escolha do segundo nome foi uma retaliação a Rodrigo Janot pela denúncia contra o presidente da República. (Fátima) Acho que o que está por trás disso é revanchismo, que se deve a todo o processo em curso com base em denúncia fartas e robustas que a Procuradoria Geral da República abriu o processo. REP: Mas Edison Lobão argumentou que Temer tem a prerrogativa de escolher qualquer nome para a Procuradoria Geral da República. (Lobão) O presidente indicou o segundo da lista. Poderia ter indicado o primeiro, o terceiro ou outro nome fora da lista. Portanto, não o que fazer qualquer reclamação neste sentido. O presente exerceu o seu direito e ainda atendeu à Associação dos Procuradores na medida em que escolheu um da lista. REP: O nome mais votado pelos procuradores foi o de Nicolao Dino, seguido de Raquel Dodge e Mário Bonsaglia. A primeira mulher possivelmente a ocupar o comando do Ministério Público, atua no Superior Tribunal de Justiça em matéria criminal. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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