CAS estuda medidas para combater assédio contra mulheres no trabalho — Rádio Senado
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CAS estuda medidas para combater assédio contra mulheres no trabalho

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) discutiu formas de combate ao assédio contra mulheres no ambiente de trabalho. Uma das soluções apresentadas foi a criação de programas de educação e de ressocialização dos assediadores. Segundo a presidente da comissão, senadora Marta Suplicy (PMDB – SP), a discussão pode ajudar na elaboração de leis e políticas públicas.

12/12/2017, 20h30 - ATUALIZADO EM 13/12/2017, 10h23
Duração de áudio: 02:06
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) realiza audiência pública interativa para debater o tema "Assédio sexual, moral e psicológico no ambiente de trabalho". 

Mesa: 
diretora de Articulação da ONG Ultra (União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais, DF e Entorno), Luiza Sousa Cruz; 
vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Ana Cláudia Rodrigues Bandeira Monteiro; 
presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP); 
promotora de Justiça do Estado de São Paulo, Maria Gabriela Prado Manssur; 
delegada-chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), Sandra Gomes Melo; 
presidente do Conselho de Administração do Grupo Sabin e sócia–fundadora do Laboratório Sabin, Janete Vaz.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS DISCUTIU FORMAS DE COMBATE AO ASSÉDIO CONTRA MULHERES NO AMBIENTE DE TRABALHO. LOC: UMA DAS SOLUÇÕES APRESENTADAS FOI A CRIAÇÃO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO E DE RESSOCIALIZAÇÃO DOS ASSEDIADORES. REPÓRTER MARINA FERREIRA. TÉC: Dados da Organização Internacional do Trabalho mostram que 52 por cento das mulheres já sofreram assédio sexual, moral ou psicológico em algum momento de sua vida profissional. Para debater esse tipo de violência, a Comissão de Assuntos Sociais convidou mulheres das áreas criminal, jurídica, educacional e empresarial. A presidente do colegiado, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, destacou que a discussão pode ajudar na elaboração de leis e políticas públicas. (Marta Suplicy) Nosso principal objetivo é identificar vácuos na legislação brasileira para a apresentação de projetos de combate a assédios no ambiente de trabalho. Outro objetivo é fortalecer o ativismo social feminista. (Repórter) Segundo o Dicionário Feminino da Infâmia, o assédio é a prática de ataques repetidos que submetem a vítima a situações de intimidação, humilhação e perseguição. Delegada de Atendimento à Mulher, Sandra Melo ressaltou que a legislação atual permite que alguns tipos de violência contra as mulheres fiquem impunes ou que tenham penas ineficazes. (Sandra Melo) A gente ainda está sob reflexo de uma legislação que não acompanha os nossos dias atuais. É de suma importância que a gente possa fazer alguma adaptação na legislação. (Repórter) A socióloga Lourdes Bandeira, propôs a criação de programas para educar e ressocializar quem comete assédio no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, disse ela, é preciso criar condições para que as próprias mulheres se manifestem, pois muitas vezes elas não denunciam os abusos sofridos por medo de serem julgadas ou por terem um histórico de violência. (Lourdes Bandeira) Quem é vulnerável ao assédio é porque provavelmente é portadora de uma experiência de violência no seu processo de socialização. Ou porque foi violentada, ou porque sofreu violência, ou porque presenciou violência no convívio doméstico. (Repórter) De acordo com a Organização das Nações Unidas, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking de assassinatos de mulheres. Da Rádio Senado, Marina Ferreira. RAS 141/2017

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